O público que comparecer ao Festival América do Sul que será realizado no período de 30 de abril a 4 de maio no município de Corumbá terá a oportunidade de conferir apresentações de danças regionais e nacionais. Os espetáculos serão apresentados no Palco Pantanal.
Na quinta-feira, dia 1º de maio, às 19 horas, no Palco Pantanal, a mostra de dança do Festival foi aberta pelo espetáculo “Cisne Negro”, da Cisne Negro Cia de Dança. Com direção artística de Hulda Bittencourt e Dany Bittencourt e coreografias de Tindaro Silvano, Patrick Delcroix e Barak Marshall, a apresentação foi composta pelos seguintes programas: “O Boi no Telhado” – duração de 17 minutos; “Cherché, Trouvé, Perdú” – duração de 18 minutos e ainda “Sra Margareth – Excertos de Monder”, com duração de 33 minutos.
A companhia nasceu de uma circunstância especial: sua diretora artística, Hulda Bittencourt, juntou as alunas do já famoso Estúdio de Ballet Cisne Negro com alguns atletas da Faculdade de Educação Física da Universidade de São Paulo (USP).
Sucesso de crítica e de público, em 2014 o grupo comemora 37 anos de existência olhando para o futuro, sempre pronto para levar a sua inovadora dança aos quatro cantos do planeta, com alguns dados relevantes de sua trajetória: já foi assistida por um público superior a 2,5 milhões de pessoas, em aproximadamente 17 diferentes países, passando por mais de 400 cidades, num total de cerca de 4 mil apresentações.
Workshop
A programação segue na sexta-feira, dia 2 de maio, às 10 horas, no Moinho Cultural, com um workshop ministrado pela coreógrafa Claudia de Souza, da Cia Danças, de São Paulo. Ela fala sobre a técnica de improvisação e criação. Através dessas vivências corporais o público entrará em contato com o processo de pesquisa de linguagem que a Companhia vem desenvolvendo nos últimos 18 anos. A oficina terá 30 vagas e será direcionada a bailarinos e estudantes de dança.
A Cia Danças levará ao Palco Pantanal, às 19 horas, o espetáculo “Profanação”. O mais recente trabalho da companhia partiu inicialmente de uma pesquisa sobre o samba, sua história, raízes, movimentos. Concomitante a essa investigação surgiu a inspiração propiciada pela leitura do livro “Profanações” de Giorgio Agamben, que veio compor a pesquisa da coreógrafa em observar o samba como um ritual. A duração será de uma hora com classificação livre.
Dança e música regional
No sábado (3), será a vez da dança regional no Palco Pantanal. Às 19 horas a Companhia Dançurbana, de Mato Grosso do Sul, vai apresentar o espetáculo “Soma Onze”. São pequenos trechos dos trabalhos realizados pela Cia. Dançurbana, com um resgate cronológico em cenas de coreografias e espetáculos que marcaram a história da companhia. A dança cria uma relação com as duas linhas de pesquisa: de um lado, os trabalhos oriundos do Hip Hop, as danças urbanas em seu formato estereotipado, e do outro, relacionar essa dança a partir de diversos estímulos, trazendo para a cena questões do cotidiano. A duração é de 45 minutos.
No domingo (4), às 18 horas, o Moinho Cultural sobre ao Palco Pantanal com o espetáculo “O segredo da brincadeira”. São trechos do espetáculo Moinho In Concert 2013 – O Segredo da Brincadeira. Através de músicas de domínio popular e composições criadas especialmente para ilustrar, a dança e o teatro trazem ao público um misto de conhecimento e recordação, através de pesquisas realizadas sobre antigas formas de brincar. Música, composição e orquestração de Eduardo Martinelli. Direção Artística e textos de Sônia Ruas Rolon.
A noite de domingo também reserva ao Palco Pantanal o espetáculo “Memórias – Retalhos de Cetim”, da Oficina de Dança da Fundação de Cultura de Corumbá. A apresentação será às 18h30.
Já às 19 horas a Cia do Mato levará ao público o “Monólogos da Dor”, um espetáculo que tem como temática a instalação da dor nos indivíduos. Sem especificidades, partindo do pressuposto de que esta dor não aceita ser compartilhada. A duração é de 32 minutos.
Por: Da Redação