Corumbá

Falta de conscientização da população impede eficiência na limpeza dos terrenos em Ladário

Terreno sujo em Ladário (Foto: Arquivo)

 

Mais de 140 notificações foram aplicadas pela vigilância aos proprietários dos imóveis (Foto: Divulgação)

Desde dezembro do ano passado, a Prefeitura de Ladário, através da Secretaria de Saúde, vêm promovendo ações de conscientização e mutirões de limpeza de quintais e terrenos baldios na cidade, em função da prevenção do mosquito da dengue. Esta luta ganhou força quando a partir do Decreto nº 2203/2013, publicado pelo prefeito José Antonio em janeiro deste ano, imóveis e terrenos baldios passaram a ser notificados.

Na primeira etapa da fiscalização, mais de 140 notificações foram aplicadas pela vigilância Sanitária aos proprietários dos imóveis. Segundo o responsável pelo Comitê de Combate à Dengue, o vice-prefeito Sampaio Júnior, a vigilância sanitária aplica as notificações para que a limpeza seja efetuada e quando isso não acontece, é gerada uma multa e endereçada aos proprietários que ainda precisam pagar para a execução da limpeza, conforme previsto em lei.

De acordo com o responsável pelos agentes de endemias, Marcos Pereira, na prática, os proprietários de imóveis notificados tem atendido a notificação e efetuando a limpeza dos terrenos, no entanto, poucos dias após a limpeza, o local é tomado por lixo e entulhos novamente. “Terrenos são limpos todos os dias, mas ao voltarmos ao local e está tudo sujo de novo. As pessoas continuam jogando lixo e não colaboram com a atitude da Prefeitura em limpar a região em que elas moram”, afirma dizendo ainda que se for preciso será cobrado mais rigidez a população.

Para o secretário de Saúde, Cléber Colleone, a limpeza dos terrenos não é apenas uma questão de estética, mas principalmente de saúde pública, lembrando que o mosquito palha, transmissor da leishmaniose, se prolifera em locais escuros e com acúmulo de material orgânico, encontrando o habitat perfeito onde há mato alto, lixo e sujeira acumulada.

O secretário de Infraestrutura Jorge José Pinto de Castro comenta sobre a possibilidade de a prefeitura tomar à frente da limpeza de terrenos, contudo, “a Prefeitura não tem estrutura para limpar todos os terrenos e por isso é cobrado uma taxa simbólica aos proprietários que quiserem ajuda para limpar a sua propriedade”. De Castro ainda analisa a possibilidade de contratar através de licitação uma empresa para efetuar a limpeza dos terrenos notificados.

Existe a ideia por parte de alguns moradores de que a prefeitura é obrigada a recolher todo e qualquer tipo de lixo em qualquer lugar da cidade, entretanto, a prefeitura recebe a taxa para recolher apenas o lixo doméstico. Entulhos e lixo proveniente de podas e capinas têm outro destino.

Iniciativas de disponibilizar caçambas para coleta de lixo e entulhos em diversos pontos da cidade foram implantadas sem sucesso, uma vez que muitos moradores jogavam lixo no terreno ao lado da caçamba, e nunca dentro.

Mesmo com todas as ações de limpeza e prevenção implantadas pela administração municipal, nada adianta se não houver conscientização da população para que coloque o lixo em local apropriado e não em terrenos baldios. (Assessoria de Imprensa)

 

Por: Da Redação