O Instituto Homem Pantaneiro (IHP) abriu sábado, 23 de novembro, a Exposição Haroldo Palo Jr., na Casa Vasquez, no Porto Geral, com uma coleção que resume 35 anos de trabalho do fotógrafo naturalista. Palo participou de expedição com o oceanógrafo francês Jacques Cousteau na Amazônia, realizou 14 viagens à Antártida pelo Programa Antártico Brasileiro e visitou o Ártico, onde testemunhou as conseqüências do aquecimento global com o crescente degelo e a escassez de animais. “Muita coisa é irrecuperável, e agora é urgente uma conscientização coletiva para preservar o que nos resta na natureza”, enfatizou Palo. “Nesse aspecto, as fotos da natureza prestam um serviço ao levar ao conhecimento público o que temos de mais belo e que precisamos conservar”, acrescentou.
Outra grande parte das imagens Palo colheu no Pantanal, a região que inspirou o início de sua trajetória como fotógrafo naturalista. Ainda jovem, ele morou durante dois anos na fazenda da família Avelar, à beira do rio Taquari. Na semana passada, o fotógrafo voltou ao Pantanal como convidado do 11º Curso de Estratégias para a Conservação da Natureza, organizado pelo IHP e realizado pela Polícia Militar de Mato Grosso do Sul. Ele ministrou palestras e sobrevoou a região. “O Pantanal está aparentemente bem preservado, mas observando de perto os rios estão assoreados e há ameaças nas nascentes, por isso precisamos nos manter alertas”, afirmou.
Na exposição, Haroldo Palo Jr. lançou uma nova coleção de cinco livros de fotografias, cada um com 144 páginas, seguindo os temas Aves, Fauna, Flora, Paisagens e Preto e Branco. São mais de 300 imagens tiradas de seu acervo de 350 mil fotos, escolhidas a dedo em um trabalho independente publicado pela Editora Vento Verde, do próprio autor. Destacam-se na exposição a imagem de uma indígena da Aldeia Ashaninka, do Acre; um pássaro araçari-banana, do Parque Estadual Carlos Botelho, de Sete Barras-SP; e pingüins-reis da Ilha Georgia do Sul, além de animais do Pantanal.
Nesta segunda e terça-feira, o fotógrafo compartilha seus conhecimentos em um curso de fotografia direcionado a pesquisadores, estudantes, profissionais e amadores, no auditório do Instituto Moinho Cultural. (Assessoria de Imprensa Moinho/IHP)
Por: Da Redação