O vereador Evander Vendramini Duran (PP), presidente da Câmara Municipal de Corumbá, cobrou mais empenho e ações políticas da bancada federal de Mato Grosso do Sul na defesa dos interesses do município. Apontou a necessidade de os senadores e deputados apressarem a votação do projeto de 2009 que cria áreas de livre comércio em Corumbá e Ponta Porã.“Com exceção do senador Delcídio do Amaral, único político que briga pela nossa região, os demais integrantes da bancada federal só vem aqui em época eleitoral, conseguem seus votos e não voltam mais”, criticou Vendramini.
A criação da área de livre comércio, segundo o vereador, é prioridade para Corumbá, onde o comércio não suporta mais a concorrência desleal do contrabando e do descaminho, além da tributação brasileira. “Como agravante tem uma fiscalização falha na fronteira, onde a Receita Federal não consegue coibir a entrada de produtos contrabandeados”, constata.
Vendramini apresentou requerimento na sessão desta segunda-feira, onde cobra uma posição da bancada federal em relação ao projeto, citando a “concorrência avassaladora e desleal” com a entrada de produtos chineses, através da Bolívia, levando à falência os empresários corumbaenses. “Não existe saída senão a criação da área de livre comércio”, cobrou.
Compromisso
Ao apontar esse cenário que cada vez mais penaliza o comerciante local, o vereador afirma que é angustiante ver o comércio empobrecendo, sem gerar empregos, enquanto o projeto está parado desde julho de 2009 no Senado, depois de ser aprovado pela Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo. O projeto prevê isenções e benefícios fiscais por 25 anos.
“Os comerciantes, e principalmente o povo corumbaense, conta com o empenho dos nossos representantes em Brasília, para que possam fazer valer o direito a igualdade”, pediu o presidente. “Não podemos ficar aguardando mais 20 anos para que o projeto seja definitivamente aprovado. Cobramos compromissos daqueles que foram eleitos com os votos dessa terra.”
Vendramini disse que a área de livre comércio seria a redenção de Corumbá, que ainda hoje sofre as conseqüências do isolamento. O município tem o maior rebanho do país (1,9 milhão de cabeças), contudo não possui um frigorífico de abate para exportação. “É inadmissível que as jazidas de minérios de ferro e manganês sejam exploradas sem agregar valor local”, advertiu ele.
Por: Da Redação