Corumbá

Entidades bolivianas querem conhecer potenciais econômicos da fronteira

Workshop do Sebrae em Corumbá apresenta ferramenta aplicada no MS para identificação de necessidades e oportunidades em 21 municípios

 

Workshop do Sebrae em Corumbá apresenta ferramenta aplicada no MS para identificação de necessidades e oportunidades em 21 municípios

Conhecer e aplicar metodologia de pesquisa que permita identificar os setores potenciais para investimentos e abertura de novos negócios em duas cidades bolivianas que fazem fronteira com Mato Grosso do Sul é a principal aposta do grupo que se reúne nesta terça-feira, 10 de julho, das 8h às 16h, no Sebrae Regional Pantanal, na cidade de Corumbá.

Participam do encontro de trabalho 15 representantes de entidades, entre elas três universidades bolivianas, a Fundacion Trabajo Empresa (FTE), o Governo de Germán Busch e as prefeituras de Puerto Suarez e Puerto Quijarro.

Pela manhã, o grupo participou de apresentações sobre o projeto Prolocal, do Sebrae, que atua no desenvolvimento de 21 municípios do Estado, com menos de 50 mil habitantes. “O foco da apresentação foi a metodologia Mapa de Oportunidades, seus resultados e de que forma esta ferramenta tem sido utilizada no fortalecimento das cidades do interior de Mato Grosso do Sul a partir do estímulo ao empreendedorismo e auxílio nas politicas públicas”, explica a técnica do Sebrae, Luana Nakasone.

À tarde, durante oficina, consultores do Sebrae irão orientar o grupo para a construção dos questionários que darão base à pesquisa a ser realizada na Bolívia e a tabulação das informações levantadas. “A proposta é fazer um piloto em Puerto Suarez e Puerto Quijarro e depois extrapolar para todo o distrito de Santa Cruz”, diz Nakasone.

O diretor da FTE, René Salomon, destaca que o encontro permite que diversas instituições da Bolívia, especialmente o governo do Departamento de Santa Cruz, as universidades e institutos tecnológicos conheçam a experiência do Prolocal no MS. “Esta metodologia é muito positiva para que possamos aproveitar ao máximo o conhecimento das necessidades que temos na Bolívia e identificar as oportunidades de desenvolvimento em diversos setores produtivos”, avalia.

Para ele, as informações serão úteis tanto nas iniciativas governamentais, quanto nos potenciais processos de formação de um instituto técnico da fronteira. “Ao mesmo tempo identificaremos as capacidades locais para melhor municiar as ações do projeto MS Sem Fronteiras”, diz Salomon.

O fortalecimento econômico da região, de acordo com Salomon, se iniciará a partir de um triângulo relacionado às cadeias produtivas do turismo e da produção de alimentos, aliadas à geração de oportunidades para mulheres e jovens em segmentos como costura, produção artesanal. “Mediante capacitação da mão de obra, atenção ao potencial turístico da região, apoio ao pequeno produtor para que possa melhorar sua própria e alimentação e comercializar e da utilização estratégica da rota bioceânica para alcançar novos mercados”, conclui.

Região de Fronteira

O MS sem Fronteiras é um projeto do Sebrae de integração competitiva entre territórios fronteiriços de Mato Grosso do Sul com cidades da Bolívia e do Paraguai. O objetivo é promover o desenvolvimento territorial destas localidades a partir do incentivo ao empreendedorismo.

Na Bolívia, a população que vive na faixa de fronteira com Mato Grosso do Sul é de 52.182 habitantes. A economia é formada em quase totalidade (94%) por empresas que vivem na informalidade. São 2.824 informais e apenas 181 legalizadas.

Entre as ações do projeto estão cursos, palestras, consultorias, pesquisas, reuniões e parcerias com entidades brasileiras, bolivianas e paraguaias. Para sua execução, o projeto conta com investimentos do Sebrae, no Brasil, e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID/Fumin) em território estrangeiro.

 

Por: Da Redação