A dança marcou a noite de sexta-feira, 12 de maio, na praça da Nova Corumbá. Os mais variados estilos, como hip hop, break, balé e até dança folclórica puderam ser vistos pelo público durante o 1º Encontro de Danças Urbanas da Juventude. O evento foi promovido pela Coordenadoria de Políticas para a Juventude, vinculado à Secretaria Especial de Cidadania e Direitos Humanos. Este foi o primeiro dos muitos encontros que devem acontecer em diversas partes da cidade, com o objetivo de levar a dança aos jovens e integrá-los por meio dessa arte.
“Estamos fazendo esse evento em homenagem ao Dia Internacional da Dança e a finalidade é de unir os nossos jovens corumbaenses, ladarenses e bolivianos, e integrá-los através da dança. Temos diversas pessoas que praticam dança e têm a oportunidade agora de mostrar seu talento aqui na parte alta da cidade que também merece receber eventos culturais como este”, afirmou Beatriz Cavassa, secretária Especial de Cidadania e Direitos Humanos.
O universo artístico e cultural são prioridades da Coordenadoria de Políticas para Juventude. “Corumbá é uma cidade cheia de culturas e tradições e a dança é importante para a juventude porque através dela jovens se afastam da criminalidade e das drogas e é isso que estamos buscando”, afirmou Diego Pereira Coelho, coordenador de Políticas Públicas para a Juventude. “Trouxemos atração internacional para que possamos conhecer a cultura do país vizinho, convidamos também o pessoal de Ladário, tudo isso para divulgar todo tipo de dança da nossa região”, afirmou ao se referir a equipes de dança da Bolívia.
Às 18 horas, abriu a sequência de 16 apresentações o Projeto em Movimento, levando a zumba ao público. O grupo faz parte de programa desenvolvido pela Fundação de Esporte de Corumbá (Funec) que ensina dança de forma gratuita para a população. Logo em seguida, a primeira equipe de dançarinos bolivianos fez apresentação com hip hop. Academias de dança de Corumbá e Ladário também tiveram sua participação. Quem teve a oportunidade de mostrar às pessoas a sua arte, apoiou a iniciativa.
“Esse encontro entre as academias e escolas de dança para, além de dançarem, trocarem experiências, conversarem sobre novos projetos e se conhecerem tem sido muito bom. É importante a gente mostrar o movimento da dança de rua, mas não só ela, como todos os elementos do hip hop, como o grafite, o skate, as batalhas de break, como uma dança que tem esse nome não por ser marginalizada, mas porque a gente agrega e usa todas as características que tem na rua. Isso mostra que a cultura, independente de ser música, dança, poesia, está para todos e para agregar e ensinar as pessoas a serem cidadãos de bem”, afirmou Edelton Mendes Amorim, professor de dança do projeto Semear, de Ladário, e diretor e coreógrafo do grupo URBE.
Quem esteve na praça da Nova Corumbá também teve oportunidade de ver a dança contemporânea. Bruna de Castro, professora da Oficina de Dança, se apresentou interpretando a música “Flor e o beija-flor”. “Esse encontro é bem legal para a gente trazer para aquelas pessoas que moram longe e que muitas vezes não têm acesso à cultura. Dança de rua, contemporânea, balé clássico, todos os estilos e modalidades são cultura e as pessoas também precisam disso”, disse Bruna.
O encontro foi encerrado com a participação do grupo “Tinkus”, de Puerto Suarez, que encenou dança folclórica, concluindo as apresentações e mostrando a multiculturalidade do evento. “Estamos nos sentindo muito contentes de estarmos aqui porque não esperávamos que fôssemos convidados para isso, ficamos muito impactados com o convite para dançarmos aqui”, afirmou Yamal Parada, dançarino boliviano.
Outros encontros de dança serão marcados ao longo do ano. “Aqui na Nova Corumbá nunca teve esse evento. A gestão Ruiter agora está procurando atender a todos os bairros para levar a cultura e as tradições de Corumbá, o objetivo é atingir o número máximo de jovens em todos os lugares, este bairro é só o primeiro”, garantiu Diego Pereira, coordenador de Políticas para a Juventude.