Corumbá

Em noite de nostalgia, Corumbá encerra o melhor carnaval do interior brasileiro

O Bloco dos Palhaços deu o ar da graça na Passarela do Samba

 

Ala das Pastorinhas, destaque na última noite da folia (Kleverton Velasques)
O Bloco dos Palhaços deu o ar da graça na Passarela do Samba (Kleverton Velasques)

Corumbá é a cidade mais antiga do Mato Grosso do Sul. Completa 236 anos em 21 de setembro. Possui um patrimônio histórico e cultural valioso. E parte desta cultura é lembrada também no período carnavalesco com o Carnaval Cultural de Corumbá.

Depois de seis dias de intensa movimentação, com descida de blocos, entre eles o Sandália de Frei Mariano, e dos sujos, como o Cibalena; dos desfiles dos blocos oficiais e das escolas de samba quem fazem o melhor Reinado de Momo do interior brasileiro, a folia é encerrada com muita nostalgia, com uma viagem ao passado.

Nessa terça-feira, 04, última noite de festa, quem deu o ar da graça na Passarela do Samba foram as Pastorinhas, os Marinheiros, bloco do Frevo, desfile dos carros antigos (corso); desfile dos Cordões Carnavalescos; a apresentação especial do bloco Crema Camba de Puerto Quijarro, e do Bloco dos Palhaços.

O buzinaço, confetes e serpentinas, e as bandinhas de sopro deram o tom do desfile. Os bonecões e a Corte de Momo também não poderia m faltar. Foram eles que abriram espaço para encerrar a festa com chave de ouro.

Cordões

Após a apresentação do Bloco do Frevo, a Passarela do Samba recebeu o desfile dos cordões, com as participações do Cinelândia, Cravo Vermelho, Flor de Corumbá e Paraíso dos Foliões.

Considerados uma das mais tradicionais manifestações carnavalescas do Brasil, o desfile dos cordões faz parte da cultura corumbaense. A apresentação é um resgate dos velhos tempos de um carnaval romântico. A importância histórica dos cordões é reconhecida pela Prefeitura de Corumbá, uma das poucas cidades brasileira a manter a tradição que, no País, surgiu em 1870.

Os cordões eram formados por pessoas de origem humilde e que aproveitavam a época para se fantasiar de reis e rainhas, a animação era feita basicamente por instrumentos de percussão. Os estandartes surgiram nesse tipo de manifestação quando enormes tecidos com as cores dos cordões abriam o desfile.

O primeiro a se apresentar foi o Cinelândia. Com 54 anos de existência o cordão surgiu inspirado por um programa de rádio que deu o nome a entidade e desde 1968, apenas uma vez deixou de entrar na avenida. O segundo a entrar na Passarela foi o Cravo Vermelho. A agremiação oi fundada em 1944. Criado por João Teodoro de Araújo, o Peito de Aço, o cordão Flor de Corumbá foi o terceiro a desfilar. O último cordão a se apresentar foi o Paraíso dos Foliões criado em 1933. A agremiação busca o bicampeonato.

Após os cordões, uma apresentação especial: o bloco “Comparsa Crema Camba”, da cidade de Puerto Quijarro, na fronteira com o Brasil, que pode mostrar um pouco o carnaval boliviano. O Bloco dos Palhaços encerrou a festa na passarela.

A última noite foi encerrada com um grande show na estrutura montada na Praça Generoso Ponce. A primeira apresentação foi com a Banda Sambô, que fez o público dançar sem parar. A festa teve ainda apresentações de bandas locais e foi até a madrugada de quarta-feira.

 

Por: Da Redação