A primeira semana de novembro é a Semana Nacional de Prevenção do Câncer Bucal, e a Secretaria de Saúde de Corumbá está realizando diversas ações com o objetivo de concretizar a população sobre o tema.
A Secretária de Saúde, Beatriz Assad conta “além das ações de conscientização sobre o câncer de próstata, as unidades de saúde também estão trabalhando o câncer bucal com a população. E neste sábado, dia 12, estaremos no Porto Geral, com ações educativas”.
A Gerente de Saúde Bucal, Vanessa Delgado explica “o câncer de boca é pouco conhecido, é mais comum em homens com mais de 40 anos, infelizmente a maioria dos casos é diagnosticada em estágios avançados, por isso é fundamental que todos façam consultas regulares com cirurgião dentista para avaliação. Dentre os principais fatores de risco o principal é o tabagismo, se estiver associado ao álcool as chances aumentam em 50%”.
Os principais sintomas são
-Lesões não dolorosas persistentes por mais de 15 dias
-Placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, nas gengivas, no céu da boca e na mucosa
-Caroços no pescoço
-Rouquidão persistente
-Dificuldade de mastigação, deglutição ou fala
-Assimetria facial
Nos casos mais avançados, observa-se:
– dificuldade de mastigar e de engolir;
– dificuldade na fala;
– sensação de que há algo preso na garganta;
– dificuldade para movimentar a língua.
Fatores que aumentam o risco do câncer de boca:
– exposição ao sol sem proteção representa risco importante para o câncer de lábios;
– excesso de gordura corporal aumenta o risco de câncer de boca;
– exposição a óleo de corte, amianto, poeira de madeira, poeira de couro, poeira de cimento, de cereais, têxtil e couro, amianto, formaldeído, sílica, fuligem de carvão, solventes orgânicos e agrotóxico, está associada ao desenvolvimento de câncer de boca;
– infecção pelo vírus HPV está relacionada a alguns casos de câncer de orofaringe;
– tabagismo: quem fuma cigarro ou utiliza outros produtos derivados do tabaco, como cigarro de palha, de Bali, de cravo ou kreteks, fumo de rolo, tabaco mascado, charutos, cachimbos e narguilé, entre outros, tem risco muito maior de desenvolver câncer de boca e de faringe do que não fumantes. Quanto maior o número de cigarros fumados, maior o risco de câncer.
Tratamento:
Com o diagnóstico tardio e a falta de tratamento, a doença pode evoluir para complicações que incluem lesões ulceradas, presença de nódulos, dor, dificuldades na fala e na deglutição.
Na maioria das vezes o tratamento é cirúrgico, tanto para lesões menores, com cirurgias mais simples, como para tumores maiores. A cirurgia consiste na retirada da área afetada pelo tumor, associada à remoção dos linfonodos do pescoço e algum tipo de reconstrução, quando necessário. Em lesões mais simples, muitas vezes é necessário apenas retirar a lesão, já em casos mais complexos, além do tratamento cirúrgico, é preciso realizar radioterapia para complementar o tratamento e obter melhor resultado curativo. Em todas as etapas do tratamento é importante a participação de vários profissionais de saúde, visando a prevenir complicações e sequelas.
Prevenção:
– não fumar;
– evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
– ter alimentação rica em frutas, verduras e legumes;
– manter boa higiene bucal;
– usar preservativo (camisinha) na prática do sexo oral;
– prestar atenção a mudanças na coloração ou no aspecto da boca.
*Comunicação PMC