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Em Corumbá, reeducandas aprendem a fazer sabão caseiro com óleo usado

Os restos de óleos de cozinha usados no preparo de alimentos no Estabelecimento Penal Feminino “Carlos Alberto Jonas Giordano” (EPFCAJG), em Corumbá, agora serão transformados em sabão, para utilização na limpeza e higiene do presídio. Esta semana, reeducandas da unidade prisional participaram de uma oficina de capacitação para essa fabricação, que também representa uma grande ação de consciência ambiental.

A inciativa foi possível graças a uma parceria entre a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) – por meio da direção e do Setor Psicossocial do EPFCAG – e o Projeto Rondon, que é coordenado pelo Ministério da Defesa e possibilita que alunos universitários, na condição de voluntários e durante as férias acadêmicas, atuem em ações socioeducativas.

De acordo com a assistente social da Agepen, Giséla Nazareth Nunes, uma das responsáveis pela organização da oficina, a nova produção tem como objetivo envolver a população carcerária em ações de proteção ao meio ambiente e de desenvolvimento social. “Se esse óleo é jogado no ralo da pia ou posto no lixo comum causa uma série de problemas, e se existe uma maneira de ele ser produtivo, por que não aproveitá-lo?”, ressalta. “A conscientização é uma questão de cidadania e por isso deve ser incentivada”, completa.

Para a diretora interina do estabelecimento penal, Telma Camacho, a confecção do sabão ecológico no presídio também representa mais uma frente de ocupação produtiva para as internas, evitando o ócio.

Horticultura

Na semana passada, o EPFCAJG recebeu um ciclo de palestras promovido pela Embrapa Pantanal, com apoio do Projeto Rondon, envolvendo vários temas ambientais, entre eles sobre o cultivo de plantas.

Um dos assuntos explicados foi de como se constrói uma horta, detalhando como deve ser a terra, a semeadura, a rega, a colheita e o controle de pragas. As reeducandas aprenderam até uma receita de um caldo de fumo para combater os pulgões.

A oficina prática aconteceu em uma área do presídio onde, em breve, deve ser implantada a horta. A terra, misturada com composto, foi revolvida e preparada para ser colocada em um pequeno canteiro, contornado com as garrafas pet cortadas, colocadas de boca para baixo. A área foi molhada e, em seguida, mudas de alface e cebolinha foram semeadas pelas próprias reeducandas.

 

Por: Da Redação

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