Corumbá

Corumbá: Festival da viola de cocho traz a mais sublime expressão do Cururu e Siriri

Os mestres curureiros mostraram a tradição que é passada de geração em geração (Kléverton Velasques)

 

Muita fé, amor e devoção na segunda noite do Arraial do Banho de São João, em Corumbá, na noite de sábado (22). E para embalar mais um dia de festa na região pantaneira, o I Festival da Viola-de-Cocho trouxe para o público a mais sublime expressão do cururu e siriri. Com um instrumento artesanal tipicamente pantaneiro, os mestres curureiros mostraram a tradição que é passada de geração em geração por um povo humilde e festeiro.

Os mestres curureiros mostraram a tradição que é passada de geração em geração (Kléverton Velasques)

Promovido pela Prefeitura de Corumbá em parceria com as superintendências do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o festival contou com apresentações dos dois estados e foi aberto com a presença de todos os mestres cururueiros em cima do palco principal. Entre os violeiros estava, uma das figuras mais importantes do folclore musical pantaneiro, seu Agripino Magalhães, com 95 anos de idade.

O cururueiro Manoel Dias, de 63 anos, falou sobre o prazer de tocar o instrumento. ” É uma brincadeira que eu faço com gosto”, contou o violeiro. É uma alegria muito grande tocar pra toda essa multidão dando saudações a São JOão”, completou o cururueiro destacando as funções devocionais e lúdicas que a arte possui.

A diretora-presidente da Fundação de Cultura do Pantanal, Márcia Rolon, destacou a importância do intercâmbio cultural entre os dois estados. É um prazer muito grande ver expressado aqui todo esse patrimônio, que é passado de geração em geração”, declarou.

Durante o encontro de cururueiros, o público contou com apresentações das crianças do Moinho Cultural Sul-Americano que participaram de uma oficina de siriri promovida pelo IPHAN durante o ano passado, da Oficina de Dança de Corumbá e com o Pontão de Viola-de-cocho, de Cuiabá.

Ao término das apresentações, uma homenagem foi feita para a saudosa Heloísa Urt, que comandou por vários anos a Fundação de Cultura de Corumbá. Carinhosamente conhecida como Helô, a ex-gestora cultural e uma das idealizadoras do Festival, foi lembrada como defensora das tradições culturais.

A atividade cultural segue na manhã deste domingo (23) com a exposição do Bem Imaterial de Mato Grosso no Museu de História do Pantanal, e o 1º Festival de Viola do Cocho, durante toda a manhã, no Centro de Convenções do Pantanal de Corumbá Miguel Gómez.

 

Por: Da Redação