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Curso traz 30 oficiais de 22 Estados e reforça luta pela natureza

Policiais militares ambientais de 22 Estados participam da 11ª edição do Curso de Estratégias para a Conservação da Natureza, aberto nesta sexta-feira a bordo do barco Kalypso, com realização da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul (PM-MS) e organização do Instituto Homem Pantaneiro (IHP). O barco zarpou nesta sexta-feira do Porto Geral, em Corumbá, rumo ao norte, com 30 oficiais e uma equipe de especialistas no bioma Pantanal, para uma expedição de dez dias e 500 km.

O engenheiro florestal, pesquisador e mestre em Ciências Florestais, Miguel Serediuk Milano, proferiu a palestra na abertura do curso, a bordo do Kalypso, com um panorama sobre a formação da humanidade e suas três grandes conquistas: o fogo, a agricultura e a escrita. Também acompanha a expedição o fotógrafo naturalista Haroldo Palo Jr. e o sociólogo Jaime Roy Doxsey, responsável pela coordenação psicossocial do grupo. “O curso oferece novos conceitos de inteligência social, emocional e ecológica para que cada um possa refletir sobre si mesmo na função de policial ambiental e extrair o máximo”, destacou Doxsey

Especialistas em meio ambiente que acompanham a expedição no decorrer dos dez dias comandarão as aulas práticas e palestras, com visitas programadas em reservas ambientais como as reservas Eliezer Batista, na Serra do Amolar, e Acurizal, além do Parque Nacional do Pantanal, situado na divisa entre Poconé, no Mato Grosso, e Corumbá. Também conhecerão a escola Jatobazinho, do projeto Acaia, que trabalha com crianças ribeirinhas, e os corixos de águas transparentes do Porto São Pedro. Ao todo, o barco Kalypso percorrerá 500 km nesses dez dias de expedição.

Participaram da abertura a vice-prefeita e diretora-presidente da Fundação de Cultura de Corumbá, Márcia Rolon; a diretora-presidente da Fundação de Meio Ambiente, Luciene Deová; a pesquisadora Aiesca Pellegrini, da Embrapa Pantanal; o comandante do 2º Grupamento da PMA, major Nivaldo de Pádua Mello; a presidente do Instituto Moinho Cultural, Beatriz de Almeida; O curso conta com o apoio da Vale, Acaia, Votorantin, Faculdade Salesiana Santa Teresa, Rede de Proteção da Serra do Amolar, Agência Nacional das Águas (ANA), Fundação O Boticário de Proteção à Natureza, SOS Mata Atlântica.

20 ANOS DE CURSO

Criado pelo tenente coronel de reserva Ângelo Rabelo, o curso nasceu há 20 anos, com o apoio do Fundo Mundial para Natureza (WWF), e em 2005 passou a ser incorporado aos projetos do IHP (Instituto Homem Pantaneiro), ONG de Corumbá que atua na preservação e conservação do Pantanal. Mais de 400 oficiais de todos os estados já receberam treinamentos nas dez edições anteriores do curso. “A proposta é difundir a proteção ambiental e mostrar caminhos para ser mais eficiente como parceiro da natureza dentro de um cenário cada dia mais preocupante de degradação”, ressaltou Ângelo Rabelo, conselheiro do IHP.

QUATRO MULHERES

Este ano, quatro mulheres, policias militares ambientais, participam do curso, entre elas a tenente Patrícia Monteiro, da corporação da PMA de Belém do Pará. “O paraense vai para o rio e pega o peixe, na floresta estende a mão e pega açaí, então tem de ter consciência que preservar a natureza é manter o próprio alimento”, ressaltou a tenente. “A PMA de Belém precisa percorrer três dias de barco para chegar à reserva de São Felix do Xingu, não é fácil fiscalizar nosso vasto território, e para isso temos de aprender novas técnicas, estarmos unidos e bem instruídos”, acrescentou, lembrando que este ano a corporação perdeu um militar, que saiu sozinho para uma fiscalização e sofreu emboscada. Com formação em engenharia florestal, Patrícia está há dois anos na corporação e pela primeira vez vem ao Pantanal. “A presença da mulher na PMA é uma evolução por se tratar de um olhar diferenciado, com mais emoção”, destacou Ângelo Rabelo, do IHP. (Assessoria de Imprensa IHP/Moinho)

 

Por: Da Redação

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