Corumbá

Criança é refém por mais de nove horas pelo próprio pai em Corumbá

Alemão foi levado para o 1º Distrito Policial e deve ser indiciado por sequestro e cárcere privado qualificado e porte ilegal de arma de uso restrito

 

Alemão foi levado para o 1º Distrito Policial e deve ser indiciado por sequestro e cárcere privado qualificado e porte ilegal de arma de uso restrito

Na última quinta-feira, 12 de maio, Osmar Kester, de 31 anos, conhecido como “Alemão”, manteve como reféns o seu filho de dois anos, a esposa Rosita de Jesus da Silva, de 35 anos e a cunhada, no bairro Popular Nova. Após a chegada do Conselho Tutelar e a Polícia Militar, Alemão libertou Rosita e a cunhada e manteve o filho de refém por mais de nove horas.

O crime começou por volta das 15h30 da quinta-feira, na rua Paraná com a Cyríaco de Toledo. Alemão e Rosita estavam separados há uma semana, o filho ficou com o pai. Na tarde de ontem, Alemão pediu para Rosita buscar o filho, e quando ela chegou a casa começou a discussão entre o casal, Rosita estava acompanhada pela irmã. Após a chegada da Polícia Militar e do Conselho Tutelar ele libertou as duas e ficou com a criança. A ex-esposa foi encaminhada para hospital de Corumbá, pois passava mal.

A área foi isolada pela Polícia Militar e se iniciaram as negociações para a libertação dos reféns. Homens da Polícia Militar e Civil, Força Nacional, Dof e equipes do SAMU e Corpo de Bombeiros, se concentraram no local. Por várias vezes o homem surgiu na varanda da casa com a arma apontada para a própria cabeça ou para a cabeça da criança e fazendo ameaças. Em outros momentos fechava portas e janelas e apagava as lâmpadas dizendo que não falaria mais com ninguém.

Oficiais da Polícia Militar começaram as negociações com Osmar na tentativa de que o mesmo se entregasse. Ele exigiu a presença do seu advogado, da imprensa e da mulher que havia conseguido deixar a casa, só assim disse que se entregaria. O advogado e uma equipe de TV foram chamados, mas a PM não achou prudente a mãe da criança retornar ao local. Osmar Koester chegou a fazer quatro acordos com a PM, mas não cumpriu nenhum deles. Em determinado momento, demonstrando bastante estresse o homem efetuou um disparo no interior da casa. A maior dificuldade enfrentada pelos policiais na negociação foi o comportamento instável do autor que mudava de opinião a todo instante. Um defensor público acompanhava as negociações que se estenderam pela noite.

Três guarnições da Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais – CIGCOE chegaram de Campo Grande por volta das 23h00 para dar apoio nas negociações. Osmar voltou a efetuar outro disparo repetindo que só deixaria o local morto.

Por volta das 01h10 com a condição da presença da imprensa no local Osmar entregou a arma e a criança para um policial militar se entregando também. O pai e o menino não apresentavam ferimentos.Após muita conversa do capitão Wagner Ferreira da Silva com Alemão, ele acabou se entregando e libertando o filho.

Para o capitão Wagner, Comandante da equipe da CIGCOE que fez parte da equipe de negociação o que mais dificultou as negociações foi o comportamento instável do homem que tornou difícil convencê-lo de que não sairia ferido. O capitão Wagner ressaltou a importância do trabalho realizado pela Polícia Militar local. “O trabalho iniciado pela PM local foi de grande importância na administração e atuação da equipe na área de risco durante toda a negociação. Foi o local mais bem organizado que encontramos para trabalhar”, disse o capitão.

Durante o crime Alemão usou uma pistola 9 milímetros, por volta da 01h05 da madrugada desta sexta-feira, 13 de maio, ele foi levado para o 1º Distrito Policial e deve ser indiciado por sequestro e cárcere privado qualificado e porte ilegal de arma de uso restrito. (Informações do Capital do Pantanal)

 

Por: Da Redação