Ícone do site Pérola News

Corumbá vai utilizar um pequeno peixe para combater a larva do Aedes

Na luta contra a dengue, a Prefeitura de Corumbá está iniciando um projeto com a utilização de pequenos peixes, o Barrigudinho, que se alimenta de larvas de mosquito como as do Aedes aegypt, transmissor da doença. O trabalho está sendo desenvolvido pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Secretaria de Saúde, que planeja implantar projetos pilotos em regiões consideradas críticas na cidade, com altos índices de infestação.

Utilizar o peixe Barrigudinho como arma contra a dengue foi discutido no encontro do Comitê esta manhã

O início desse projeto piloto foi anunciado na manhã desta quinta-feira, 19, durante a reunião mensal do Comitê de Combate à Dengue, que contou com a presença da secretária de Saúde, Dinaci Ranzi. Walkíria Arruda da Silva, chefe do CCZ, informou que o órgão vem desenvolvendo um projeto com a utilização dessa espécie de peixe já há algum tempo e, nos últimos dias, o resultado alcançado foi considerado positivo.

“A utilização desta espécie de peixe faz parte de uma pesquisa científica da Embrapa e está dando resultados positivos em várias regiões do Brasil. Entramos em contato com a equipe da Empresa e já iniciamos um trabalho aqui em Corumbá, a partir do momento em que encontramos peixe semelhante no Pantanal. A ideia é implantar projetos pilotos em regiões com índices altos de infestação para, em um outro momento, ampliar em toda a cidade”, disse.

Mas, para chegar ao estágio atual, Walkíria informou que foi preciso pesquisar bastante. “Descobrimos peixes semelhantes em nossa região. Fizemos a captura de 56 unidades e apenas seis sobreviveram em um tanque no CCZ. Ocorreu reprodução, mas, no início, os maiores comemoram os próprios filhotes. Agora, observamos resultado positivo dessa pesquisa com os peixes se alimentando da larva do Aedes aegypti, o que nos levou a iniciar estes projetos pilotos”, disse.

O primeiro passo, conforme a responsável pelo CCZ, será a captura de mais unidades do peixe, após autorização dos órgãos competentes devido ao período da piracema. “Após isto, vamos implantar este projeto piloto em regiões da cidade e acompanhar o resultado”, explicou.

 

Por: Da Redação

Sair da versão mobile