Apresentado em junho, o projeto Vaca Móvel também faz parte do programa voltado para melhoria o rebanho bovino das pequenas propriedades rurais dos assentamentos de Corumbá, que está sendo desenvolvido pelo IBS (Instituto BioSistêmico), de São Paulo, em parceria com a Prefeitura Municipal e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Mato Grosso do Sul (Sebrae-MS).
Dias atrás, o programa possibilitou realização de testes na área rural. Já em outubro, as 17 propriedades incluídas no programa serão visitadas pela equipe do Vaca Móvel para monitorar a cadeia produtiva do leite, maximizando os resultados da produção. Trata-se de um laboratório móvel responsável pela analise da qualidade do leite e as condições de higiene durante a ordenha.
Nas visitas programadas serão realizadas análises físico-química sobre coloração, viscosidade, porcentagem do teor de gordura, porcentagem do extrato seco desengordurado, aguagem no leite, de proteína, quantidade de sólidos totais, densidade do leite, temperatura e congelamento e graduação da acidez.
Este processo é seguido pelo Agromóvel, projeto que vai permitir verificar a nutrição e manejo de pastagem, identificando boas práticas e simulando a ingestão de alimentos do gado. “Vai auxiliar o produtor no momento do plantio de sua pastagem, do alimento para o gado, com análise de solo para saber o que plantar, como plantar e ainda dividir os piquetes para melhor aproveitamento do pasto”, disse Junior.
O agrônomo Luis Auri Pereira, da Fundação de Meio Ambiente e Desenvolvimento Agrário (Funterra), comentou que este é o primeiro grupo de pequenos produtores atendidos pelo programa. Conforme ele, a intenção da Prefeitura é ampliar, atendendo outras propriedades, buscando alavancar a bacia leiteira na região. Disse que é preciso a classe produtora aproveitar as vantagens oferecidas. Para se ter uma ideia, o Sebrae é responsável por 80% do programa, a Prefeitura por 15%, enquanto o produtor entra com apenas 5%.
A expectativa do pequeno produtor José Dílson de Jesus Vieira é grande. Com 53 cabeças de gado em sua propriedade no Taquaral, ele conta com um touro reprodutor. Aderiu ao programa para melhorar a raça e, em consequência disso, ter uma boa produção de leite.
“Estávamos correndo atrás disso já uns três ou quatro anos. A oportunidade chegou e a nossa esperança é melhorar o rebanho com a inseminaçção artificial”, comentou Dilson, já vislumbrando bons resultados a partir de outubro, quando oito vacas, quatro dele e quatro da mãe, Izaulina Rosa de Jesus, serão inseminadas artificialmente.
Por: Da Redação