Corumbá

Corumbá sedia encontro que discute cotidiano da fronteira Brasil-Bolívia

 

Corumbá sedia até amanhã, 29 de junho, a oficina de trabalho “Fronteiras do Brasil: uma avaliação do Arco Central”. O encontro, que acontece na Unidade III do Campus do Pantanal da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), tem como objetivo levantar questões e hipóteses sobre o território e conhecer melhor a realidade regional e local, visando contribuir para a melhoria das políticas públicas sobre fronteiras. O prefeito Ruiter Cunha de Oliveira participou da abertura do encontro.

“Não tem como discutir fronteira em gabinetes, em Brasília. Temos que vir aqui conversar e conhecer a realidade. Esta é a terceira de uma série de quatro oficinas que estamos realizando. Vindo aqui, a gente traz questões e perguntas, não trazemos respostas e conclusões. Estamos para ouvir. A ideia é trazer atores diferentes da região para que nos ajudem nessa reflexão, para que possamos sair daqui com menos dúvidas. Com base nesse trabalho contribuir para melhorar políticas públicas ligadas ao programa de fronteira do Arco Central”, disse Bolívar Pêgo, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).

O prefeito Ruiter destacou que as oficinas promovidas pelo IPEA e Ministério da Integração Nacional, com apoio da UFMS, se configuram na “oportunidade de discutirmos em profundidade a questão fronteiriça, seus problemas, desafios e conflitos, mas principalmente suas enormes oportunidades, fornecendo subsídios sobre a realidade local e ouvindo propostas de políticas públicas para a fronteira”, disse o chefe do Executivo Municipal.

Na programação de hoje estão previstas palestras que abordam questões relacionadas à defesa e as realidades econômica e social do Arco Central, que reúne municípios de fronteira dos estados de Rondônia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, e trabalhos em grupo. Ainda para esta quarta-feira, dia 28, está prevista a apresentação do livro “Fronteiras do Brasil: diagnóstico e agenda de pesquisa para política pública”.

Para o último dia da oficina, na quinta-feira 29, os participantes acompanharão palestras sobre temas regionais e locais, como o desenvolvimento regional e as relações transfronteiriças do Arco Central. Os grupos de trabalho vão se dedicar a três eixos: economia e desenvolvimento, gestão urbana e integração entre os povos e defesa do território. Ao final serão apresentadas conclusões e sugestões de melhoria das políticas públicas.

Ainda estão previstas visitas a campo na zona de fronteira, dos lados brasileiro e boliviano, envolvendo o complexo urbano formando por Corumbá, Ladário, Puerto Quijarro e Puerto Suárez. Esta é a terceira de um total de quatro oficinas sobre fronteira que o Ipea e o Ministério da Integração Nacional realizam no âmbito da parceria técnica. A quarta e última, sobre o Arco Sul, será realizada em novembro deste ano na cidade de Uruguaiana (RS). Com informações do IPEA.