A partir do ano que vem, o Plano Diretor de Corumbá passará por uma revisão e novas discussões ocorrerão com relação ao documento que foi elaborado em 2006. Prevendo isso, o Conselho Municipal da Cidade de Corumbá se reuniu na manhã desta terça-feira, 1º de julho.
O encontro foi ampliado, ou seja, aberto para participação de líderes de bairros, vereadores, representantes de movimentos sociais e vários outros segmentos que conheceram a estruturação e os principais pontos do Plano Diretor, documento primordial para o desenvolvimento da cidade.
“Primeiramente, que a população entenda o que é um Plano Diretor para depois, proceder a revisão. Elas precisam entendê-lo para saber a importância dele, bem como a participação em sua discussão de revisão. É o Plano que dá as diretrizes para que a gente cumpra leis, alguns projetos e programas que vão nortear a cidade por vários anos”, resumiu a presidente do Conselho da Cidade e diretora-presidente da Fundação de Desenvolvimento Urbano e do Patrimônio Histórico, Maria Clara Scardini.
Ao apresentar os principais pontos do documento norteador para o desenvolvimento da cidade, Scardini citou a urgente implementação de instrumentos urbanísticos nele previstos como, por exemplo o IPTU Progressivo.
“Eles precisam ser implementados porque a lei já existe, não inventamos nada. No caso do IPTU, é uma ferramenta que visa impedir a especulação imobiliária de terrenos. Ele já existe em Campo Grande e, aqui, estamos elaborando os mecanismos para implementá-lo”, explicou.
Mais uma vez, Maria Clara reforçou a necessidade de todos tomarem ciência do Plano Diretor como forma de participar de maneira efetiva das discussões de sua revisão, colocando nas decisões tomadas, os anseios dos moradores.
“Muitos municípios contratam consultoria para a elaboração do Plano, o que não é impedido, mas o melhor mesmo é que a população entenda esse mecanismo e participe ativamente ao mostrar o que eles querem e necessitam”, disse.
Ela resumiu numa frase toda a importância de se fazer presente em discussões que afetam o coletivo, que dizem respeito direito à cidade. “Planejar é para as pessoas”, e por isso mesmo precisa da maior participação da parcela de cidadãos.
A reunião seguiu, posteriormente, com a definição da pauta do próximo encontro do Conselho Das Cidades, prevista para agosto, quando estará em discussão o bairro padre Ernesto Sassida, onde várias casas populares foram construídas pelo Governo do Estado sem a infra-estrutura básica.
Por: Da Redação