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Corumbá: Reeducandas comemoram Carnaval com apresentação de escola de samba

A tarde de ontem (14) foi especial para as mulheres que cumprem pena no Estabelecimento Penal “Carlos Alberto Jonas Giordano”, em Corumbá. Já em ritmo de Carnaval, as reeducandas puderam dançar, cantar e se encantar com a apresentação de passistas, bateria e do casal de mestressala e porta-bandeira do G.R.E.S. Unidos da Major Gama, uma das mais tradicionais escolas de samba do carnaval corumbaense.

Com muito samba no pé, as internas também aprenderam cantar o sambaenredo deste ano da escola: “Ueze Zahran – um Apaixonado pelo Trabalho”; de autoria de Marcos César Almeida Lara. Também foram apresentados enredos de anos anteriores, além de marchinhas e outros sucessos de Carnaval.

Presente na comemoração, o presidente da “Major Gama”, Fábio de Almeida Lara, ajudou a eleger as reeducandas com mais “samba no pé”, uma brincadeira com objetivo de estimular a autoestima das internas. Dez reeducandas foram escolhidas e serão presenteadas com camisetas da escola.

“Não esperava tanto entusiasmo e integração por parte delas. Estou muito feliz; não há dinheiro que pague o que vi aqui”, destacou o dirigente da “Major Gama”, informando que existe a intenção de voltar ao presídio com a apresentação de mais alegorias.

Para a diretora do presídio, Laila Ramos Hassan, a inciativa é muito positiva para a disciplina. “A dobradinha música e dança ajuda a aliviar as tensões, traz alegria e descontração, refletindo diretamente no comportamento das nossas custodiadas”, destaca Laila. “Afinal é Carnaval. E assim elas se sentem um pouco mais inseridas na vida fora dos muros do presídio”, completa.

Segundo a diretora, esse foi o primeiro ano em que a unidade penal recebeu a apresentação de uma escola de samba, mas graças ao sucesso conquistado, a ideia é que esse tipo de evento faça parte do calendário anual de atividades do local. “Pretendemos que essa comemoração, tradicional na cidade de Corumbá, seja também parte da realidade do presídio, reforçando o trato humano no cumprimento de pena das nossas reeducandas”, finaliza.

 

Por: Da Redação

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