A Prefeitura de Corumbá realizou na manhã desta quinta-feira, 30, a 2ª Marcha Pantaneira pela Paz e não Violência. Com o objetivo de buscar conscientizar as pessoas sobre os problemas causados pelos altos índices de violência, o ato percorreu as principais ruas da cidade prol das causas pacifistas.
Idealizado por meio das Secretarias de Saúde, Educação, Assistência Social e Cidadania, Agência Municipal de Trânsito e Transporte (Agetrat), Fundação de Cultura, em parceria com a Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, a passeata resgatou o espírito de paz promovendo um momento de reflexão entre os corumbaenses que passavam pelas ruas do centro.
“Em nossa correria do dia a dia, a gente não tem tempo de olhar para o outro, propagar a paz e lutar contra a violência. E mobilizações como essa, nos deixam mais conscientes sobre nossas obrigações como cidadãos, nos influenciando a atos de generosidade e solidariedade”, compartilhou a aposentada Erotilde Martinez, de 70 anos e moradora do bairro Dom Bosco.
Para a secretária de Assistência Social e Cidadania, Andréa Cabral Ulle, a segunda edição do evento foi positiva. “Nós conseguimos mobilizar a população para este ato, que tem o objetivo de estabelecer uma cultura de paz na cidade”, declarou Andréa. “Nosso objetivo é que a população sinta a alegria de viver e conviver numa cidade como Corumbá, efetivando no seu dia a dia a paz”, completou.
De acordo com a terapeuta ocupacional, coordenadora de Vigilância Epidemiológica de DANT – Doenças e Agravos Não Transmissíveis da Secretaria de Saúde, Lielza Victório Carrapateira Molina, a grande preocupação são os indicadores de saúde, por conta da violência que aumenta a cada ano. “São muitos os problemas causados pelos altos índices desse problema. E a cada edição da marcha pela paz, temos que mostrar a nossa indignação, pois parece que as pessoas não estão sendo mais respeitada”, observou Lielza.
Levantamento da Vigilância Epidemiológica de DANT (Doenças e Agravos nãoTtransmissíveis), o Pronto Socorro de Corumbá em 2013 realizou 869 atendimentos de pessoas em situação de violência; 1533 vítimas de acidentes de trânsito; 554 notificações de violência contra mulheres, crianças, adolescentes e idosos, incluindo tentativa de suicídio em ambos os sexos e violência doméstica contra o homem.
Em relação à mortalidade foram 08 mortes por arma de fogo, 07 por objeto cortante, 03 por agressão e 02 por suicídio. Os dados sobre mortes no trânsito em 2013, ainda não foram fechados.
“Esta estatística é bastante preocupante. Por isso temos que mobilizar a população para dizer não para a violência. Neste início de semana tivemos a morte de um adolescente por arma de fogo. Temos que mostrar a nossa indignação, pois parece que as pessoas não estão sendo mais respeitadas, precisamos mudar essa realidade”, ressaltou Lielza.
A data
Desde o ano de 1948, por virtude do assassinato do líder pacifista Mahatma Gandhi, o mundo celebra o 30 de janeiro como o Dia Mundial da Não Violência, uma iniciativa da ONU (Organização das Nações Unidas) voltada à educação para a paz, solidariedade e o respeito pelos direitos humanos.
A “Não Violência” é exercida por meio de uma cultura de paz que implica o respeito ao próximo, a mediação de conflitos, a educação para as emoções que formam seres humanos mais preparados para enfrentar pacificamente as adversidades cotidianas.
Por: Da Redação