O Dia Municipal da Cultura é comemorado em Corumbá neste dia 23 de novembro. A data foi instituída em 2012, pela Lei Municipal nº 2.291, criada e agregada ao calendário oficial de eventos como homenagem à memória, à luta e aos feitos de Heloísa Helena da Costa Urt. Falecida em 2011, naquela época ocupava função de diretora-presidente da Fundação de Cultura e Turismo do Pantanal, dedicando os últimos anos de sua vida para o desenvolvimento da cultura corumbaense.
“Queremos parabenizar todos os artistas de Corumbá. A cidade evoluiu muito na cultura em todos os aspectos. O município tem essa tradição de ser o berço da cultura sul-mato-grossense, tanto é que os eventos culturais realizados aqui atraem número significativo de turistas, fazendo com que nossa cultura seja cada vez mais valorizada”, afirmou Luiz Mário Cambará, diretor-presidente da Fundação da Cultura e do Patrimônio Histórico. Conforme ele, o município cresceu muito com o trabalho desenvolvido pela homenageada na data. “A Helô Urt foi um divisor de águas para a cultura corumbaense. Podemos falar de antes e depois da Helô. Ela popularizou e levou a cultura aonde não chegava, fez a verdadeira inclusão cultural”, completou.
Marlene Mourão, artista plástica e escritora, mais conhecida como “Peninha”, acredita na importância do Dia Municipal da Cultura e de se homenagear a maior articuladora da cultura local que Corumbá já teve. “Achei maravilhosa a iniciativa do então prefeito Ruiter que em 2012 instituiu essa data em homenagem a Heloísa Urt, dada a importância dela para a cultura de Corumbá. Ela impulsionou a cultura local, o Carnaval, o São João, as artes plásticas, tudo. Houve uma explosão cultural na época da Helô, tudo o que ela fazia era movido à paixão, por isso as coisas davam certo, tendo ou não dinheiro. Agradeço como artista pela existência dessa data”, afirmou Peninha.
De todo o rol cultural da cidade, a artista destaca a riqueza literária, o artesanato, as artes plásticas e as grandes festas culturais: o Carnaval e o Arraial do Banho de São João. Para ela, a juventude pode se espelhar em muitos artistas locais para perpetuar a cultura corumbaense e as crianças devem ser vistas como potenciais agentes da cultura local. “As crianças são a salvação do planeta e da nossa cultura, temos que ter fé nelas”, disse Peninha.
Aproveitando o dia especial, a artista plástica lança, na noite de hoje, o livro “Um Altar para as Valorosas Sandálias de Frei Mariano de Bagnaia”, durante o Café Literário do Sesc, sendo esta a quarta obra literária da artista. O evento é aberto ao público e começa às 19h30. O livro pode ser adquirido no lançamento ao preço de R$ 15,00.