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Corumbá busca parceria de moradores pela limpeza da linha férrea

A Prefeitura de Corumbá, por meio da Fundação de Meio Ambiente do Pantanal, iniciou nesta semana, um trabalho de educação ambiental com moradores da área adjacente à linha férrea que corta o trecho urbano de Corumbá.

A proposta da ação é conscientizar sobre a contribuição que cada morador pela conservação da limpeza do local, atuando tanto como ente que não deposita lixo nessas áreas quanto como fiscalizador que, ao acionar os órgãos competentes, coíbe quem insiste em fazer do espaço próximo ao trilho, um depósito de lixo á céu aberto.

Na manhã dessa quinta-feira, em apenas uma hora, 20 moradores já haviam sido contatados pela equipe da Fundação de Meio Ambiente. Um deles foi Eládio Benites, morador na Rua Gonçalves Dias há 40 anos. Durante a ação, ele afirmou já ter se cansado de presenciar cenas de pura falta de consciência e desrespeito com o meio ambiente e os moradores da localidade.

“Quando a gente vê, a gente vai até ao cidadão, conversa e pede para ele não jogar o lixo, o entulho. Mas, tem gente que vem de madrugada e quando acordamos, damos de cara com a sujeira. É difícil porque muitas vezes, o cheiro ruim adentra a nossa casa, fora o aspecto feio que deixa”, comentou o senhor que foi orientado pela equipe a fazer denúncia para a Fundação do Meio Ambiente do Pantanal, assim que avistar cena semelhante.

De acordo com Luciene Deová, diretora-presidente da Fundação de Meio Ambiente do Pantanal, os moradores são grandes parceiros desse trabalho. Reforçou que eles devem denunciar de forma imediata o órgão municipal sobre o fato, para que a equipe possa chegar ao local e realizar o flagrante. “Isto é crime ambiental, e a multa prevista na legislação varia de R$ 5 mil a R$ 5 milhões”, informou.

A costureira Inar Gomes Xavier fez questão de mostrar à equipe da Prefeitura como a falta de consciência das pessoas resulta em problemas que vão além do aspecto visual. Ela apontou para onde vão parar todo tipo de descarte colocado no terreno ao lado da linha férrea. Desde pequenos sacos plásticos, garrafas até móveis inutilizados acabam em baixo da ponte da Rua 7 de Setembro, servindo para a proliferação de muitos vetores de doenças.

“Eu brigo mesmo. Não deixo as pessoas descartarem lixo aqui. A gente faz a nossa parte, mas muitos ainda deixam de fazer a deles. Se depender de nós, moradores, vamos fazer isso mudar. Eu me comprometo a ligar para a Fundação do Meio Ambiente assim que avistar alguém despejando lixo aqui”, afirmou a senhora que zela pelo espaço em frente a sua residência, onde inclusive chegou a plantar algumas mudas de ipês.

O trabalho da equipe de Educação Ambiental da Fundação de Meio Ambiente do Pantanal, que começou na área central da cidade, deve chegar aos bairros Maria Leite e Universitário na próxima semana e seguir por outras regiões da cidade até concluir toda a faixa férrea.

“Estamos fazendo o trabalho educativo, mas teremos que aplicar as penas previstas em lei caso a gente flagre o descarte irregular de lixo nessas áreas. A multa é pesada e por isso a Fundação faz inicialmente o trabalho educativo. A lei de crimes ambientais é bastante severa e prevê ainda a reclusão do autor. Para não chegarmos a esse ponto é preciso que as pessoas colaborem”, avisou Luciene.

O telefone da Fundação de Meio Ambiente do Pantanal para denúncias é (67) 3907-5342.

 

Por: Da Redação

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