A energia elétrica ainda não chegou à região pantaneira do Paiaguás, em Mato Grosso do Sul, mas, graças à mobilização de educadores, fazendeiros e pais, a Escola Santa Mônica leva educação a 50 crianças e jovens, que moram no local.
No Pantanal, o ciclo das águas determina a vida de seus habitantes. Separados de suas famílias, os alunos lidam com uma rotina e um calendário escolar diferenciados devido ao isolamento causado pela cheia dos rios. Esta história é contada no filme Escola das Águas: o Desafio Pantaneiro, que estreia no Futura nesta quinta-feira, 11, às 22h.
Vencedor do último pitching DOC Futura, Escola das Águas é fruto da parceria entre o Futura e a Preta Portê Filmes, com roteiro e direção de Juliana Vicente. O documentário mostra o cotidiano de alunos e professores na única instituição de ensino que recebe os filhos dos trabalhadores rurais em um raio de 100 quilômetros na região do Paiaguás.
“Para quem é da cidade, parece perto, você vai ‘num tirinho’ de carro. Aqui, essa distância, percorrida de trator, significa 14 horas de viagem, quando está seco. No tempo das águas, leva até dois dias”, conta Inês, a diretora do colégio.
A partir do cotidiano dos professores e alunos da Escola de Santa Mônica, é apresentado um amplo retrato das condições de vida do Pantanal. Muitos dos estudantes não haviam tido nenhum contato com o ensino formal até então.
Apesar da vasta diversidade da região, há pouca reflexão sobre a população que ali habita. O filme chega em bom momento para preencher esta lacuna. Afinal, como dizia Paulo Freire, “onde quer que haja mulheres e homens, há sempre o que fazer, há sempre o que ensinar, há sempre o que aprender”.
QUANDO VER
Escola das Águas: o Desafio Pantaneiro
Estreia: quinta-feira, 11 de setembro, às 22h
Reprise: sexta-feira, 13h; sábado, 17h e domingo, 20h
Por: Da Redação