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Cheia: BB detalha linha de crédito para os pantaneiros

O banco condicionou o financiamento para retenção de matrizes a algumas condições especiais

O Banco do Brasil apresentou aos pecuaristas do Pantanal de Corumbá o pacote de crédito que a instituição criou para socorrer a região atingida pela cheia. As medidas beneficiam a planície com prorrogação automática das dívidas de custeio e investimento, a vencer até junho, por 180 dias, e financiamento para retenção de matrizes e remoção de bovinos.

O Sindicato Rural de Corumbá, que participou da discussão de medidas de socorro aos pecuaristas, juntamente com o Governo do Estado, Famasul (Federação da Agricultura de MS) e a Assembléia Legislativa, organizou uma reunião do banco com os seus associados, com a presença do gerente de mercado do BB, Edson Eugênio Senhorini, e do gerente local, Walter Ferreira.

O pacote de crédito para o Pantanal contempla a planície com dinheiro para a aquisição de bovinos provenientes da região para cria, recria e engorda, até o teto de R$ 200 mil por produtor, com juros de 6,75 ao ano. O prazo de pagamento é de dois a cinco anos, com dois anos de carência. O acesso ao crédito garante manutenção dos preços de mercado.

Matrizes

Com linha do FCO (Fundo de Financiamento do Centro-Oeste), os pecuaristas poderão financiar a retenção de matrizes, com idade de 12 a 72 meses. O pagamento estende-se por oito anos, com até quatro anos de carência, a juros de 55 a 8%, conforme porte do produtor. O limite financiável é de 1.500 matrizes por produtor, ou 85% das fêmeas do rebanho.

O banco condicionou o financiamento para retenção de matrizes a algumas condições especiais, tais como: a fazenda deve estará situada na planície pantaneira sazonalmente inundável; as áreas utilizadas ou aptas para a atividade pecuária devem ser constituídas de, no mínimo, 50% de pastagem nativa; as fêmeas, objeto de retenção, devem ter nascido na região.

Prioridade

O gerente de mercado Edson Senhorini, disse que o banco procurou dar uma resposta rápida aos pantaneiros, tendo em vista a gravidade da situação em função das inundações de suas propriedades. A prorrogação das dívidas, segundo ele, “dá um fôlego e permite ao produtor tempo suficiente para pensar no que fazer para retomar sua produção”.

Senhorini garantiu que o setor de crédito rural do banco está orientado a dar preferência aos pedidos do Pantanal, para agilizar o processo de financiamento com redução do tempo de liberação em até 70%. Explicou que na carta consulta constará, antecipadamente, o limite de crédito do produtor. “O Pantanal terá atendimento diferenciado”, disse.

Inadimplente

O presidente do Sindicato Rural de Corumbá, Raphael Kassar, destacou o apoio do Banco do Brasil, salientando que a instituição atendeu prontamente às reivindicações da classe, feitas por intermédio da Famasul. “O pacote para o Pantanal vem ao encontro de nossas necessidades. A prorrogação da dívida atende mesmo quem está inadimplente”, observou.

 

Por: Da Redação

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