Corumbá

Carne produzida de forma sustentável no Pantanal é valorizada em evento em Campo Grande

 

A carne orgânica produzida no Pantanal brasileiro foi a estrela da noite em Campo Grande. A ABPO Associação Brasileira de Pecuária Orgânica) realizou uma degustação do produto para celebrar parceria com a região de Abruzzo, na Itália. A degustação envolveu também a tradicional massa italiana e aconteceu no bufê Yotedy.

O governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, esteve no evento e anunciou que em breve o Estado estará lançando uma grife de carne certificada, produzida de forma sustentável, no Pantanal. A pecuária tradicional praticada na planície pantaneira é considerada fator de conservação do bioma.

A ABPO é parceira da Embrapa Pantanal em dois projetos: um de pesquisa e outro de comunicação. O primeiro está contribuindo para o processo de certificação de fazendas que praticam a pecuária orgânica no Pantanal. O segundo está buscando divulgar aos brasileiros a prática da pecuária sustentável no Pantanal para valorizar a atividade.

Durante o evento em Campo Grande, o governador, a secretária da Seprotur (Secretaria de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo), Tereza Cristina Correa da Costa Dias, e o presidente da ABPO, Leonardo de Barros, receberam da Embrapa Pantanal exemplares de um bloco de anotações do projeto “Construção da Imagem da Pecuária Sustentável do Pantanal”, que está sendo entregue a jornalistas de São Paulo e do Rio de Janeiro.

O bloco contém informações sobre a pecuária tradicional pantaneira e receitas culinárias com carne, cedidas pela Acrimat (Associação dos Criadores de Mato Grosso), também parceira da Embrapa Pantanal.

Na primeira semana de maio, sugestões de pautas sobre pesquisas desenvolvidas no Pantanal, especialmente sobre a pecuária sustentável, foram apresentadas pessoalmente a jornalistas das revistas Época, Veja, IstoÉ Dinheiro, Dinheiro Rural, Carta Capital, Globo Rural, Galileu, dos jornais Folha de S.Paulo, O Estado de S.Paulo, Valor Econômico, das emissoras de TV Band e Record, e dos portais Terra, UOL e R7. Essas redações também receberam exemplares dos blocos de anotações.

SUSTENTABILIDADE

Praticada há 274 anos no Pantanal, a pecuária extensiva dispensa o uso de agrotóxicos. Não há necessidade de desmatamento para plantio de pasto. Os animais se alimentam de vegetação nativa. Pesquisa publicada no ano passado e realizada por cinco ONGs (Organizações não-governamentais), com apoio técnico da Embrapa Pantanal, indica que quase 87% da vegetação nativa da planície pantaneira está conservada.

Nos últimos oito anos, a Embrapa Pantanal (Corumbá), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento desenvolveu uma pesquisa que culminou em indicadores ambientais, econômicos e sociais para determinar se uma fazenda pantaneira é sustentável ou não e o que falta para que atinja melhores índices de sustentabilidade. Esses indicadores estão em fase de validação e em breve poderão ser aplicados em propriedades do Pantanal.

 

Por: Da Redação