Corumbá

Câmara questiona a precariedade da saúde em Corumbá

 

As denúncias divulgadas pela imprensa sobre o Pronto Socorro e as constantes reclamações da população reforçam as cobranças sistemáticas que a Câmara Municipal de Corumbá tem feito em relação a precariedade dos serviços de saúde pública na cidade, segundo o vereador Oséas Ohara de Oliveira (PMDB).

Citando “as barbaridades” mostradas nas reportagens veiculadas na TV Morena, Oséas Ohara afirmou, da tribuna da Casa, na sessão desta segunda-feira, que a Câmara tem questionado há muito tempo a prefeitura quanto a péssimo atendimento oferecido à população no PS e também no Hospital de Caridade, hoje gerido pela municipalidade.

“Muito já se falou sobre esses problemas e ninguém toma providências, existe um clima de impunidade, não há respeito ao cidadão corumbaense”, disse o vereador. A prefeitura, segundo ele, não respeita ao menos o termo de ajustamento que assinou com o Ministério Público.

Venda de leitos

A fala de Oséas gerou um debater na Casa. O vereador Marcos de Souza Martins (PT), o Marquinhos, disse que a reportagem na televisão “envergonha”, citando que a situação crítica ocorre também em todo o sistema de saúde do município, incluindo os distritos de Porto Esperança e Albuquerque e na área ribeirinha.

“A situação encontrada no Pronto Socorro não pode estar relacionada à reforma do prédio. Sujeira e falta de profissionais para atender não dependem das obras que a prefeitura executa”, observou o vereador Marquinhos. “A Câmara tem que se posicionar também em relação à denúncia de venda de leitos”, cobrou.

Nada mudou

Abordando a questão da reforma do prédio, o vereador Oséas Ohara disse que os investimentos que a prefeitura diz fazer no PS “não mudaram nada, o atendimento continua o pior possível”. O problema maior da saúde pública em Corumbá, segundo ele, “é a falta de vontade política” para melhorar o serviço.

Oséas criticou as ações sociais da prefeitura, lembrando do abandono dos moradores de Porto Esperança, que estão debaixo de água devido a cheia no Pantanal. Ele sugeriu que a Câmara convide a secretaria especial de Políticas Sociais, Beatriz Cavassa de Oliveira, para explicar o que sua pasta está fazendo.

 

Por: Da Redação