Apesar de a prefeitura não ter cumprido com prazos regimentares, enviando na última hora as mensagens que devem ser aprovadas até o dia 6, por exigência da legislação eleitoral, a Câmara de Corumbá apreciará nesta quarta-feira, em sessão extraordinária, a proposta de aumento salarial para os professores, dentre outros benefícios. A sessão começa às 8h, sem remuneração.
O presidente da Câmara, vereador Evander Vendramini (PP), criticou a postura do Executivo de pressionar o Legislativo a votar suas mensagens de afogadilho, impedindo uma discussão mais ampla, inclusive com os setores interessados, nmo caso os servidores públicos. “Sempre nos empurram essas mensagens goela abaixo, num total desrespeito a esta Casa”, disse.
As seis mensagens enviadas pelo Executivo foram protocoladas ontem na secretaria da Câmara, que teria prazo de 90 dias para analisá-las. Considerando a eleitoral e para não prejudicar os professores, os vereadores decidiram discutir as mensagens em regime de urgência. O vereador Dirceu Miguéis (PMDB) disse que as mensagens do Executivo sempre “tem pegadinhas” e precisam ser muito bem analisadas.
Meandros
Uma dessas “pegadinhas”, segundo o presidente Vendramini, foi a redução dos recursos para a educação, em 2011, de 30% para 25%, que constava no meio de um projeto de lei aprovado pela Câmara sem que fosse percebido devido a pressão para sua aprovação. “Precisamos de tempo hábil para interpretar esses meandros da mensagem, os quais nem sempre favorecem a população”, disse ele.
O vereador Marcos de Souza Martins (PT) também ponderou que é preciso “muita cautela” para discussão as mensagens do Executivo, realçando que são projetos de grande relevância, principalmente em se tratando de benefícios aos servidores e alterações orçamentárias, que não podem, na sua opinião, serem aprovados sem uma análise criteriosa. “Não podemos mais aceitar as condições impostas”, reagiu.
Por: Da Redação