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Câmara de Corumbá avança discussão sobre projeto de memória

A Câmara Municipal de Corumbá buscará o apoio da prefeitura e da iniciativa privada para viabilizar o projeto de resgate do seu acervo, cujo trabalho de recuperação, catalogação e digitalização será feito pelo Campus Pantanal da Universidade Federal de MS (UFMS).

O Legislativo corumbaense é um dos mais antigos do país, instalado em 1872 – dois anos depois do fim da Guerra do Paraguai. A UFMS formou uma comissão e apresentou um trabalho de trabalho aos vereadores, que prevê finalização do projeto no final de 2012 com um banco de dados digital.

O presidente da Casa do Barão de Vila Maria, Evander Vendramini Duran (PP), disse que o acervo será recuperado em seu mandato e buscará a parceria da prefeitura, por meio da Fundação de Cultura do Pantanal, para garantir a contrapartida financeira proposta pela universidade.

“Temos uma história tão rica e linda e documentos tão importantes, que retratam o processo do regime republicado no Brasil, devem ser preservados e colocados à disposição do público”, disse Vendramini. Ele adiantou que irá conversar com o prefeito Ruiter Cunha sobre o assunto.

O resgate

O vereador Marcos de Souza Martins (PT), o Marquinhos, lembrou que foi em sua gestão na presidência, em 2001, que a Câmara providenciou um espaço adequado para armazenar essa documentação, grande parte deixada no antigo prédio do Legislativo, na rua Delamare, centro.

“Temos uma grande dívida com a população, que é o resgate de nossa memória. Com certeza teremos parceiros, seja a prefeitura ou privados”, destacou Marquinhos. Os demais vereadores também apóiam a iniciativa da mesa diretora e se colocaram à disposição para garantir a contrapartida no projeto.

Consulta digital

O plano de trabalho da UFMS foi apresentado aos vereadores, na sessão de segunda-feira, pelos professores de História Vanessa dos Santos Botstein Bivar e Divino Marcos de Sena. A universidade participa com professores e 23 bolsistas dos cursos de História e Geografia.

Caberá à Câmara a contratação de nove bolsistas e viabilizar todo o material necessário para o trabalho, que inclui, numa primeira etapa, organizar os documentos, os quais não estão catalogados. “O projeto visa não só restaurar, mas criar um acervo digital para não se perder”, explicou a professora Vanessa Bivar.

Professores, estudantes e demais usuários terão acesso a estes documentos por consulta via Internet. “É uma iniciativa muito vem vista pela UFMS e vai instrumentalizar o fomento à cultura e à pesquisa, além de revelar e desvendar grandes acontecimentos ocorridos na cidade”, observa Vanessa.

 

Por: Da Redação

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