A mesa diretora da Câmara Municipal de Corumbá decidiu, na sessão desta terça-feira, que caberá às comissões de Justiça, Saúde e Educação investigar e analisar a conduta do vereador Boxexa Amaral (PHS), acusado pela direção da escola municipal Barão do Rio Branco de invadir as dependências da mesma sem a devida autorização e ainda se apropriar de documentos e alimentos da merenda escolar.
Com a anuência do plenário, o presidente do Legislativo, Marcelo Iunes (PSD), autorizou que o diretor da escola, Genílson Canavarro Abreu, fizesse o uso da palavra para se defender das acusações do vereador. O professor leu uma nota de repúdio da direção da escola, contendo abaixo-assinado dos pais dos alunos, rebatendo “calúnias e injustiças” que teriam sido praticadas por Boxexa.
Intimidação
O vereador falou em seguida, usando a tribuna, e disse que foi até a escola cumprir seu papel de fiscalizador do bem público e agiu “embasado na lei”. Explicou que recebeu denúncia de que a carne servida na merenda escolar estava estragada e foi até a cozinha da escola constatar o fato, lendo, em seguida, um laudo onde consta que o freezer contendo o produto foi lacrado pela vigilância sanitária da prefeitura.
O diretor do estabelecimento escolar relatou que a direção e os funcionários do mesmo “foram agredidos e desacatos” pelo vereador, acusando-o também de intimidar algumas pessoas para conseguir acesso a cozinha e a secretaria da escola. Genílson Abreu disse que registrou queixa na polícia contra Boxexa e pediu providências à Câmara para “que tais fatos lamentáveis não mais ocorram”.
Imparcialidade
A mesa da Casa do Barão de Vila Maria recebeu a denúncia e decidiu encaminhá-la às comissões de Justiça, Educação e Saúde. “A Câmara não pode se omitir e vai tomar sua posição”, garantiu o 1º secretário Tadeu Vieira (PDT). O presidente da Comissão de Justiça, vereador João Lucas Martins (PP), disse que o caso é grave por envolver “pessoas e a moral” e deve ser analisado “com imparcialidade”.
O 1º vice-presidente Carlos Alberto Machado (PT) também se manifestou e, na sua avaliação, o caso “exige apuração rigorosa”. O vereador Mohamad Abdallah (DEM) citou a qualidade do ensino e do corpo técnico da escola, enquanto Oséas Ohara (PMDB) apontou que a Casa não deveria se precipitar em seu posicionamento. Para Antônio Sabatel (PSD) estava havendo “tempestade em copo d’água”.
Por: Da Redação