Corumbá

Câmara de Corumbá apóia movimento salarial dos policiais civis

 

A Câmara Municipal de Corumbá votou moção de apoio ao movimento sindical dos policiais civis de Mato Grosso do Sul por melhoria salarial, aprovada por unanimidade na sessão desta terça-feira, e ainda cedeu espaço em plenário para que a categoria expusesse sua situação funcional e salarial.

O escrivão Nivaldo Paes Rodrigues, ex-vereador em Ladário, membro da atual diretoria do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis de MS), usou a tribuna por 10 minutos para relatar a mobilização da categoria, que, diante da falta de diálogo com o governo do Estado, como disse, prepara greve geral para o dia 2 de maio.

“Este é um momento histórico para nós, pela primeira vez estamos ocupando esta tribuna para pedir o apoio dos vereadores e da sociedade ao nosso movimento”, disse Nivaldo. Ele disse que a categoria pediu aumento de 25% e o governador André Puccinelli propôs 5% de reajuste e, na segunda-feira, acenou com 6,15%, índice não aceitou.

Vergonha

Nivaldo relatou que a Polícia Civil tem sido massacrada e desprestigiada pelo atual governo, cujo salário base saltou da terceira posição no ranking nacional, há sete anos, para a 25ª colocação, o que considera “uma vergonha”. Hoje, a Polícia Civil de MS é a terceira em eficiência em nível nacional, mesmo com a deficiência de efetivo – em Corumbá e Ladário são apenas 29 policiais.

Os vereadores foram unânimes em reconhecer a luta da categoria. O presidente da Casa, Marcelo Iunes (PSD) lembrou que o Legislativo tem cobrado de forma sistemática a melhoria da segurança pública na região de fronteira. “Somente este ano mais de 30 requerimentos foram apresentados pedindo mais efetivo para a nossa polícia”, disse.

Repúdio

O vereador Tadeu Vieira (PDT) relatou o sucateamento de todos os órgãos públicos essenciais, apontando as dificuldades da polícia para trabalhar com a falta de viaturas e gasolina. Carlos Alberto Machado (PT) disse que o efetivo da Polícia Militar de Corumbá é menor do que há 20 anos, e Antonio Sabatel (PSD) considerou “uma vergonha” o salário base do policial civil, hoje de R$ 2,3 mil.

“Manifesto aqui o meu repudio a atitude do governador (André Puccinelli) de não dialogar com a categoria, que faz uma reivindicação justa”, posicionou-se o vereador Luciano Costa (PT). O vereador Oséas Ohara (PMDB) também se solidarizou com os policias, enquanto Evander Vendramini (PP) sustentou que a Câmara apóia o movimento grevista.

 

Por: Da Redação