Por unanimidade, a Câmara Municipal de Corumbá recebeu as denúncias de quebra do decoro parlamentar feitas pelo Ministério Público contra o vereador de primeiro mandato Boxexa Amaral (PHS), durante a sessão desta segunda-feira. O presidente da Casa, vereador Marcelo Iunes (PSD) anunciou os três membros da comissão processante, por sorteio, após leitura do documento enviado pelo MP.
A comissão processante será presidida pelo vereador Carlos Alberto Machado (PT), que terá como relator o vereador João Lucas Martins (PP). O terceiro membro sorteado é o vereador José Tadeu Vieira (PDT). A comissão, segundo o regimento interno da Câmara, terá cinco dias para analisar as providências solicitadas pelo MP, com o relator tendo prazo de mais dez dias para apresentar seu relatório.
“Vamos votar o processo antes do recesso (que começa no dia 1º de julho)”, afirmou Marcelo Iunes. “O vereador Boxexa terá prazo para sua ampla defesa, com base no regimento interno”, completou. Os vereadores Salatiel do Nascimento (PDT), Rogério Candia (PMDB) e Mohamad Abudallah (DEM) alegaram impedimento e não participaram do sorteio para formação da comissão processante.
As denúncias contra o vereador do PHS foram formuladas pelos promotores Ana Rachel Borges de Figueiredo Nina, Luciano Anechini Lara Leite e Luciano Bordignon Conte. Boxexa do Amaral é acusado de abuso de autoridade, por invasão a um albergue “sem autorização ou justificativa”, e a cozinha de uma escola pública, e de crime de ameaça e incitação ao crime em ato onde estava presente o prefeito Paulo Duarte.
Campanha difamatória
O MP ainda aponta que o vereador vem liderando campanhas a favor da feirinha boliviana, fechada pela prefeitura por irregularidades, “sendo beneficiado diretamente da atuação parlamentar por ser um dos ocupantes ilegais do espaço público”. Também cita o fato de Boxexa do Amaral ter sido denunciado na Polícia Civil por ameaça a funcionária de uma farmácia, que registrou Boletim de Ocorrência.
“Consta ainda – cita o documento do MP – que o vereador Augusto (Boxexa) Amaral tem realizado campanha publicitária difamatória às instituições vigentes, oferecendo os juízes e promotores de Justiça locais, em razão de seu insucesso em empreitadas judiciais, colocando em dúvida o funcionamento regular dos poderes e instituições da República com denúncias vazias, ema afronta indevida e fora dos ditames legais (…), incompatível com a honradez do mandato político que desempenha”. (Assessoria de Imprensa)
Por: Da Redação