Corumbá

Bloco Sandálias de Frei Mariano mantém tradição e abre Carnaval corumbaense

 

Ao som de muito pagode, axé, samba-enredo e da emblemática marchinha sobre a lenda de Frei Mariano, que tem o consagrado refrão “Vôte, vôte, vôte, vôte! Chispa, chispa, chispa!”, o bloco ‘Sandálias de Frei Mariano’ manteve a tradição de 19 anos de folia e cruzou a passarela do samba na noite da quarta-feira, 26 de fevereiro. O desfile, debaixo de uma leve chuva, marcou oficialmente o início do Carnaval corumbaense.

Este ano a novidade foi a concentração no Jardim da Independência. “O ‘Sandálias’ aqui no Jardim tem tudo a ver. Um bloco tradicional da cidade em homenagem a uma personalidade com importância histórica para Corumbá. E o Jardim da Independência é uma praça histórica, com importância na questão do patrimônio. Então, dialoga com a proposta do bloco”, disse a diretora-presidente da Fundação da Cultura, Wanessa Rodrigues.

Participando da descida do bloco, a vice-prefeita Bia Cavassa destacou a união de duas tradições da folia corumbaense. “Estamos unindo o ‘Sandálias’ com outra tradição do nosso carnaval, que é o Concurso de Marchinhas e está dando muito certo. O carnaval de Corumbá já está na rua e a expectativa é brincar muito, cantar, pular e sentir a energia do nosso povo, que faz do nosso carnaval o melhor do Centro-Oeste”, afirmou. 

O prefeito Dr. Gabriel desceu a Avenida com o bloco e compartilhou sua expectativa para o carnaval. “Temos a certeza que será uma grande festa e com muita alegria. Tivemos no Concurso de Marchinhas, uma bela diversão, com ambiente bem familiar e vimos isso no próprio Sandálias de Frei Mariano. O carnaval está só começando, muita alegria, e energia boa”, disse o chefe do Executivo Municipal. O Concurso de Marchinhas também foi realizado no Jardim, na noite de ontem.

Criada em 2006

Criado em 2006 pela empreendedora cultural Heloísa Urt (falecida em 2011), o bloco ‘Sandálias de Frei Mariano’ foi uma forma de brincar com uma das lendas mais fortes do Pantanal sul-mato-grossense, as sandálias do Frei Mariano que, acusado de não pagar o relógio da igreja que acabara de construir, em 1887, vingou-se rogando uma praga contra os moradores de Corumbá.

Expulso, ele teria enterrado suas sandálias em lugar incerto, afirmando que a cidade somente retomaria o desenvolvimento quando elas fossem desenterradas. Inicialmente composto por servidores públicos, hoje o bloco recebe toda a população.

*Comunicação PMC