A segunda noite de apresentações musicais do Festival América do Sul 2013 contou com apresentações inspiradas dos campo-grandenses do Bando do Velho Jack e dos uruguaios do Abuela Coca. Descrever estilos musicais é um trabalho difícil. Apesar de terem propostas diferentes, as bandas possuem mais em comum do que se imagina. E o termômetro é público. Peso, pegada, balanço deram liga aos shows.
O Bando subiu primeiro ao palco e apresentou um show impecável. Como sempre. Completando 18 anos de estrada, mantém aquela velha essência do rock setentista, as guitarras abusando das harmonias e uma cozinha de baixo e bateria vigorosa.
Quem já ouviu sabe que o Bando possui em suas raízes a cultura de nosso Estado. E na presença de Paulo Simões e Geral Espíndola, chamou o público para cantar junto “Trem do Pantanal”, tradicional música do repertório da banda e da arte sul-mato-grossense.
O balanço e a criatividade do Abuela Coca são marcantes. Naipe de metais, bateria ligada no rock, baixo abusando de suingues e guitarras em levadas de reggae formam uma mistura difícil de descrever, mas fácil de embalar.
A banda foi formada em 1992 com o objetivo de experimentar a fusão de diversos ritmos musicais, inspirados no processo criativo de Mano Negra em sua passagem pelo Uruguai.
Misturando salsa com rap, reggae, rock, hip hop, jazz e ritmos brasileiros, criaram um estilo próprio e novo para a cena musical de Montevideu. Um dos destaques foi a canção “El ritmo del barrio”, que rompe barreiras linguísticas em uma união criativa de arranjo e letra: “Sueño latino con tu voz, Sueño latino de mi amor, sueño latino-americano”.
Por: Da Redação