O projeto “Memórias do Futuro”, um dos oito escolhidos em nível nacional pela Fundação Telefônica/Vivo, selecionará jovens estudantes do Moinho Cultural Sul-Americano para o processo de capacidade em pesquisa e produção de materiais audiovisuais sobre a infância e as brincadeiras encontradas em Mato Grosso do Sul.
O projeto é uma parceria do Pontão de Cultura Guaicuru com o Espaço Imaginário, de Campo Grande, cujas diretoras, Andréa Freire e Lia Mattos, estiveram ontem no Moinho Cultural para iniciar o processo seletivo. Após ouvirem uma explanação sobre o projeto, os alunos assistiram a um vídeo e preencheram um questionário.
Ao total serão formados 32 jovens de 14 a 18 anos de idade, sendo quatro de cada uma das oito instituições escolhidas – de Campo Grande, Amambai e Corumbá. “O objetivo central é capacitar jovens multiplicadores que possam mobilizar suas comunidades para valorizar a cultura da infância”, explicou Lia Mattos.
Brincadeiras
O conteúdo será disponibilizado gratuitamente para educadores, pais e interessados via portal, telefonia móvel e eventos presenciais em comunidades indígenas, quilombolas, ribeirinhas e urbanas. O projeto será iniciado em 17 de abril e além da seleção do grupo os produtores elaboram o plano pedagógico a ser aplicado.
“Memórias do Futuro” é uma iniciativa em defesa dos direitos da criança brincar, alimentando o imaginário sobre a infância e valores perdidos do passado, possibilitando oportunidades para uma convivência saudável de meninos e meninas com as brincadeiras tradicionais, a natureza e a cultural local.
O projeto estimulará o protagonismo juvenil, em parceria com pontos de cultura, envolvendo a rede escolar com exposição multimídia e interativa. Registrará e divulgará a cultura da infância, com pesquisa e documentação de brincadeiras e hábitos contemporâneos e relatos de pais, avós, educadores e pesquisadores.
Diversidade
A seletiva da Fundação Telefônica contemplou, dentre outras coisas, propostas que fomentassem e facilitassem a acessibilidade, combinando o uso de tecnologia, tanto no suporte, quanto na linguagem ou como ferramenta de distribuição e democratização do acesso à cultura para o público infanto-juvenil.
Procurou privilegiar, também, projetos que valorizassem a diversidade, de diferentes regiões do país e diferentes áreas culturais. “Outra grande preocupação era a apresentação de contrapartidas socioeducativas para crianças, adolescentes e jovens”, afirmou a diretora de Programas da fundação, Gabriella Bighetti.
Por: Da Redação