O mês de fevereiro é realmente especial em Corumbá. Se não bastasse a realização da maior folia do centro oeste brasileiro com o “Carnaval Cultural – Patrimônio da Alegria”, programada para o período de 08 a 12, a cidade passa disponibilizar a partir desta sexta-feira, 1º de fevereiro, outro grande atrativo que está atraindo um número bem maior de adeptos: a pesca esportiva na modalidade do pesque e solte.
A partir de hoje, está aberta a temporada de pesca esportiva no Rio Paraguai, em pleno Pantanal Corumbaense, mas somente o pesque e solte, na calha do maior rio pantaneiro. E o primeiro grupo ‘partiu’ ontem, dia 31 de janeiro, atrás dos Dourados, Pacus, Pintados, Cacharas e outros peixes da região. E a expectativa, como não poderia ser diferente, era fisgar muitos exemplares, registrar a conquista dos valiosos troféus com apoio de máquinas fotográficas e filmadoras, e devolver ao Paraguai.
O primeiro grupo viajou na tarde de ontem para iniciar este dia 1º de fevereiro, pescando nas águas do Rio Paraguai. São 16 pessoas de Campinas que praticam o pesque solte já há 20 anos, na região. “Eles nunca levam peixe”, celebra Maria Lima, secretária da Agência Raqueltur, confirmando que, o mês de fevereiro, está com agenda lotada. “Além desse, temos mais quatro grupos de diferentes regiões do Brasil confirmados para fevereiro”, diz, lembrando que a empresa disponibiliza um pacote com cinco dias praticando a pesca esportiva no Rio Paraguai, a bordo do barco hotel Indiaporã II.
Outra empresa que está com grupos confirmados para fevereiro, é a Agência Joice Tur. Nesta sexta, às 16 horas, acontece a primeira viagem. São 21 pessoas de regiões diferentes do Brasil como São Paulo e Rio Grande do Sul, que passarão cinco dias praticando o pesque e solte a bordo do barco hotel Kaiamã. Para fevereiro, outros três grupos estão confirmados. Já o barco hotel Veneza, da agênncia Veneza Tur Viagens e Turismo, está com um grupo confirmado para a primeira quinzena de fevereiro. Trabalha para fechar mais.
Pesque e solte
O pesque e solte vigora na região pantaneira desde 2004 e está atraindo um grande número de adeptos a esta modalidade esportiva, movimentando o turismo em Corumbá. Mas, para praticar esta atividade, há regras. Uma delas é a necessidade da licença, como também equipamentos específicos, linha de mão, caniço, molinete, carretilha, anzol e iscas vivas ou artificiais.
Para os pesquisadores, o pesque e solte é uma modalidade esportiva que está ganhando força na região pantaneira. Tudo isto leva a constantes pesquisas. Uma das preocupações diz respeito aos procedimentos corretos para a prática, para avaliar a efetividade do manejo para conservação dos estoques pesqueiros. Trabalhos de pesquisadores revelam uma infinidade de informações sobre esta prática. Uma delas é evitar fisgar o peixe e submetê-lo a uma briga longa. Isto pode levá-lo a um nível muito alto de estresse e até mesmo causar alguma lesão que resultará na morte do animal.
Para os pesquisadores, praticando o pesque e solte da forma correta, um mesmo peixe poderá ser fisgado várias vezes num mesmo período. É preciso agir de forma correta para assegurar a capacidade do peixe de fugir de predadores, se alimentar, crescer e se reproduzir. Isto não ocorreria caso ele fosse abatido, ou devolvido sem condições de sobrevivência ao rio.
Por tudo isso é importante praticar esta modalidade esportiva de maneira correta. Os anzóis, por exemplo, devem ser apropriados para o pesque e solte, e os indicados pelos pesquisadores são aqueles que não têm farpas, já vendidos em lojas do ramo. Mas, os anzóis comuns podem ter suas farpas retiradas ou amassadas. Também é preciso retirar o anzol somente se estiver preso na boca do peixe ou nas regiões externas. É preciso evitar recuperar o anzol quando o peixe engolir.
Por: Da Redação