Reunião a ser realizada às 9h de amanhã, 3, no auditório da AHIPAR (Administração da Hidrovia do Paraguai), definirá os procedimentos para adequações no contrato de concessão do porto geral de Corumbá para exploração de cargas entre a União e o Município. O antigo cais perdeu sua vocação, tornando-se uma área de turismo, lazer e entretenimento, o que exige alterações contratuais.
Convocada pelo Ministério dos Transportes, a reunião faz parte também de uma das etapas do Projeto Orla da Secretaria do Patrimônio da União (SPU), que escolheu Corumbá e Ladário para implantar o primeiro plano de gestão e controle da ocupação da orla portuária em águas interiores. O projeto, até então, contemplava apenas as cidades litorâneas.
O superintendente da AHIPAR, Antonio Paulo de Barros Leite, explicou que a cessão do porto geral ao município, oficializado no final dos anos 1990, previa sua exploração para fins comerciais. Posteriormente, foi cedido ao município a estrutura do antigo armazém, onde a prefeitura construiu o Centro de Convenções do Pantanal Miguel Gomez e promoveu a reurbanização de toda a área.
Local inviável
O cais de Corumbá foi construído entre o final dos anos 1940 e início de 1950, com área de retroporto de aproximadamente 19 mil metros quadrados, toda aterrada. Anteriormente, o porto operava com infraestrutura mínima no trecho compreendido entre as casas comerciais do conjunto arquitetônico tombado pelo patrimônio histórico e o rio. O novo porto destinava-se a graneis e combustíveis.
Por sua localização, na parte baixa da cidade, a operacionalização do terminal demonstrou sua inviabilidade na continuidade de operação devido ao acesso por ladeiras íngremes e a densa ocupação da área central, optando-se pela construção de um porto público em Ladário, na década de 1970. O superintendente da AHIPAR informou que, a época, a adequação do antigo cais foi descartada pelo Ministério dos Transportes.
“O armazém foi totalmente recuperado pelo município, com obras voltadas ao atendimento do segmento turístico, que é a sua vocação”, disse Antonio Paulo de Barros Leite. “Considere-se, ainda, a ação da revitalização não só do terminal, como de toda a orla fluvial apoiada por programas federais como o Monumenta, de excelente aplicação para uma cidade histórica e turística como é Corumbá”, concluiu.
Além do Ministério dos Transportes e do SPU, participam da reunião técnicos da AHIPAR, da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) e Prefeitura de Corumbá.
Por: Da Redação