Corumbá

Águia da Vila Mamona voa alto sobre a história de Corumbá

comissão de frente, dançarinos e malabares do curso de Educação Física da UFMS

 

Comissão de frente, dançarinos e malabares de Educação Física da UFMS (Foto: Kleverton Velasques)

A Vila Mamona queria contar a história de Corumbá, mas foi além e emocionou a todos. Ao levantar vôo na avenida General Rondon, simbolizando o início de mais uma jornada, a águia da escola conseguiu empolgar todo o público que assistiu o desfile na Passarela do Samba. E subiu prateada e em estilo art noveau, numa analogia à europeização de Corumbá e ao prédio Vasques e Filho.

Antes, porém, na comissão de frente, dançarinos e malabares do curso de Educação Física da UFMS pediram autorização aos guardiões do túnel do tempo para o vôo sobre a história da Cidade Branca.

Com a autorização concedida, o que se viu à partir daí foi um lindo passeio na história de Corumbá, desde os primórdios, antes mesmo da fundação da Vila de Nossa Senhora de Conceição de Albuquerque (atual Corumbá). Da era geológica, da corumbella werneri e estromatólitos, do surgimento de vida na região aos primeiros nativos, os conquistadores espanhóis e portugueses até o desenvolvimento da região. Tudo foi resgatados nas 12 alas e 4 carros alegóricos que flutuaram na Passarela.

Forte e vibrante, o samba-enredo revelou uma letra poética, melodia forte e variações elegantes , além da impecável interpretação de Pingo Sargento.

Na ala do boi tucura, a homenagem à professora Heloísa Urt (Helô), que defendia o animal como o boi nativo do Pantanal. Deferência feita também à dona Gregória Espíndola, mãe do atual presidente da Vila Mamona, o Sêo Nenê, e uma das fundadoras da escola .

O desfile da Vila Mamona foi marcado também pela superação. Uma das surpresas mais aguardadas do desfile da Vila Mamona era o casal de mestre-sala e porta-bandeira, Chiquinho e Maria Helena. Não é para menos: mãe e filho desfilaram juntos durante 25 anos na Imperatriz Leopoldinense e conquistaram 8 troféus estandarte de ouro, um recorde mantido até os dias de hoje. Já senhora e com problemas de saúde, Maria Helena mostrou toda sua fibra e determinação, exibindo o pavilhão da “verde, vermelho e branca” até a XV de Novembro.

Sob aplausos da plateia, o casal se retirou de forma honrosa e gloriosa da avenida, passando pelo meio da bateria do mestre Xixo, que se abriu como o Mar Vermelho, sem perder o ritmo. Bateria, aliás, com coreografias criativas e batidas vibrantes, empolgou a todos.

E se o carnavalesco Sandro Asseff queria chocar todos com a roupa da rainha da bateria, conseguiu. Graciele Chaveirinho, do programa de Regina Casé, sambou e requebrou à frente dos ritmistas, vestida de uma onça repleta de brilho e luxo.

Ao encerrar o desfile da Vila Mamona o que se viu foi um vôo rasante sobre a história da cidade e nas alturas do esplendor da fantasia e da imaginação.

 

Por: Da Redação