Domingão de Carnaval e calor de até 33° em Corumbá. A combinação quente atraiu dezenas de banhistas para a “prainha” do Rio Paraguai, nesta tarde.
Logo após o almoço e até o fim da tarde o local foi o ponto de encontro de quem precisava esfriar a cabeça, seja para “curar” a ressaca de Carnaval ou fugir do calorão.
“Vim fugir do calor, tá demais. Em São Paulo, 25° é o nosso calor e aqui essa temperatura é inverno”, compara a turista paulista, Cristiane Aguilar, de 33 anos.
Já o turista de Campo Grande Carlos Santos Pereira, de 33 anos, com a garrafa de cerveja não, ensina que as águas do Paraguai são o melhor remédio para “curar a ressaca”.
“Depois de uma inteira de folia, você vem pra cá curar a ressaca. Tem coisa melhor?”, questiona.
E pra quem pensa que mergulho na prainha é só para criança ou foliões, dona Joana Barbosa, de 81 anos, ensina que “não tem idade para o refresco”. Sentada em uma cadeira de praia na parte rasa, ela utiliza uma metade de garrafa pet para jogar “brincar” com a água.
Sujeira
Mas apesar das maravilhas do banho no Paraguai, o banhista Carlos alerta que “depois dá coceira”.
É preciso coragem para enfrentar o banho com garrafas de cerveja e restos de comida, que são jogados às margens do Rio. Sentada na beira da água, com o filho de 7 meses no colo, Cristiane diz que “estou criando coragem para entrar”, pois teme pegar alguma doença.
Olhando a filha de 3 anos brincar na água com a prima, a mãe Rafaela Ribera, de 24 anos, afirma que o refresco vale a pena e acredita que “se for pega alguma coisa (doença), pega em qualquer lugar”.
Já a auxiliar de enfermagem Sandra Garcia, de 43 anos, garante a qualidade da água e justifica. “Essa é a água mais pura que existe. Cheia de sapo, perereca e acabaram de pegar um dourado enorme, bem aqui do lado”, diz.
Lixo no lixo
O comandante de uma das embarcações ao lado da prainha, Carlos Nader, de 37 anos, conta que o local vive cheio de pessoas, mas de lixo também.
“Bebem, comem e jogam tudo no rio. Fica cheio de garrafas por aqui, que além do prejuízo para o meio ambiente ainda podem ferir algum banhista”, diz.
Mas não existem lixeiras próximas a área e o proprietário afirma que por falta de fiscalização os abusos são constantes no local. “Tenho uma cicatriz na cabeça porque levei uma pedrada de um cara que queria subir no barco para pular no rio. O povo faz o que quer aqui e não tem nenhuma segurança”, frisa.
A diretora-presidente da Fundação de Meio Ambiente de Corumbá, Luciene Deová, informou que estão providenciadas lixeiras para a área ao redor da prainha. A Prefeitura também faz a limpeza da área diariamente no início da manhã.
Não existe um boletim sobre a qualidade da água no local, mas a diretora afirma que não existe risco para a saúde dos banhistas. (CG News)
Por: Da Redação