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‘Se saí, foi por fatores extracampo’, diz Luxa sobre sua demissão do Fla

Em entrevista coletiva, Vanderlei Luxemburgo deu sua versão a respeito da demissão do comando técnico do Flamengo, ocorrida na quinta-feira. Ele fez questão de destacar mais de uma vez o caráter político de sua saída, ocorrida por “fatores extracampo”, falou a respeito de seu relacionamento com os jogadores e argumentou que fechou com sucesso seu projeto de levar Flamengo à disputa da Libertadores 2012.

“Saio triste porque ainda poderia acrescentar muita coisa ao Flamengo, mas fico satisfeito por concluir todas as etapas. Em relação ao projeto para que fui contratado, o resultado foi ótimo. Minha passagem foi excelente”, disse.

Luxemburgo tocou em alguns pontos da entrevista dada por Patrícia Amorim, presidente do Flamengo, na quinta-feira, quando anunciou a demissão do técnico.

“Tudo o que acontecia nos treinos, se jogador chegava atrasado ou sem condições de trabalhar, tudo isso era repassado à diretoria. Se eles jogavam para debaixo do tapete, não era problema meu. Faltou pulso, mas eu entendo, Na nossa conversa, ontem, senti a Patrícia (Amorim) muito sozinha. Achei ela muito vulnerável, ela está muito só”.

Ainda sobre a presidente, Luxa revelou que se sentiu desrespeitado: “Ela com certeza deixou de ter autoridade de presidente. Vi isso olho no olho, conversando com ela. Fui totalmente desrespeitado sim”. O treinador revelou também que já sabia de sua demissão há dois meses, mas que foi profissional e cumpriu sua meta, que era classificar a equipe para a Libertadores. Em relação a Ronaldinho, Luxa disse que sua relação era apenas profissional.

“Eu não tenho que almoçar com jogador, ter relação fora do futebol. E, ano passado, foram ditas algumas coisas que não são cabíveis. Não quero o Ronaldinho para casar com a minha filha, quero o Ronaldinho para jogar e cumprir com seus compromissos. A regalia que um atleta de alto nível tem que ter é o salário que ele ganha”.

Luxemburgo revelou que a declaração do vice de finanças Michel Levy, que chamou os jogadores com salários atrasados de marqueteiros, causou um grande desconforto e que os atletas não queriam nem treinar. Sobre o atacante Deivid, que está sem receber há 19 meses e entrou na Justiça contra o clube, o treinador fez um pedido a torcida.

“Não vaiem o Deivid, não façam isso porque ele não é mercenário. Eu peço para a torcida. Ele não está recebendo há tempos e está jogando. Falaram para ele que não recebe porque foi contratado pelo Zico. Ele está se doando, correndo atrás. Esse cara é um profissional, não é um mercenário. Se fosse, não estaria jogando’.

Sobre o valor de sua multa rescisória, que gira em torno de R$ 4 milhões, Vanderlei desconversou e afirmou que é uma cláusula prevista no contrato e que não terá acordo: “O Flamengo mandou embora, tinha um contrato e só. Tem que pagar pelo prazo que eu tinha para cumprir”.

O treinador deixou o Flamengo após entrar em choque com parte do elenco rubro-negro. Luxemburgo fez inimigos também na diretoria, sendo seu principal desafeto o diretor de finanças, Michel Levy. Seu último jogo à frente do Flamengo foi a vitória contra o Real Potosí, na quarta-feira, vencida por 2 a 0, que valeu a vaga na fase de grupos da Libertadores.O treinador deixou o Flamengo após entrar em choque com parte do elenco rubro-negro. Luxemburgo fez inimigos também na diretoria, sendo seu principal desafeto o diretor de finanças, Michel Levy. Seu último jogo à frente do Flamengo foi a vitória contra o Real Potosí, na quarta-feira, vencida por 2 a 0, que valeu a vaga na fase de grupos da Libertadores. (Marca Brasil)

 

Por: Da Redação

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