PT está em debandada do governo de Hélio de Oliveira Santos (PDT), atingido pelas denúncias de corrupção e cobrança de propinas em contratos públicos. O diretório municipal se reúne no próximo sábado (4) e deve marcar a data de um “encontro extraordinário”, ou um plebiscito, para que os militantes possam votar pela saída da administração municipal. Além de duas secretarias, que inclui a presidência da Emdec, os petistas somam cerca de 80 cargos de confiança.
O partido é o segundo a sinalizar pelo abandono do governo municipal. Nesta segunda-feira (30), o PMDB protocolou uma carta afirmando que coloca os cargos que ocupa à disposição. PT e PMDB são os dois principais partidos da base aliada do prefeito.
“Não é só pelas denúncias de agora, mas de divergências que já tínhamos com o atual governo”, diz Paulo Mariante, secretário de Mobilização do PT Campinas. Durante o encontro, terão direito ao voto os militantes com mais de um ano de filiação, cerca de 4,5 mil em Campinas. O estatuto do partido exige um quórum de no mínimo 20% e a aprovação de maioria simples dos presentes para que a decisão seja válida.
Secretarias
Duas das principais secretarias são ocupadas por petistas em Campinas: a do Emprego e Rendas, ocupada por Sebastião Arcanjo, e a de Transportes, de Sérgio Torrecillas. Este é também o presidente da Emdec. O partido ocupa ainda a coordenadoria do Orçamento Participativo e outros cargos em segundo escalão. O vice-prefeito e petista Demétrio Vilagra, também na mira das investigações do Ministério Público, já deixou a presidência da Ceasa.
A decisão do PT se entende, por consequência, à Câmara. Os três vereadores do partido já davam sinal de oposição. A prova foi a aprovação por unanimidade do pedido de impeachment do prefeito na semana passada. (Informações da EPTV Campinas)
Por: Da Redação