Com 59,25% de votos contrários, pilotos, copilotos e comissários de voos rejeitaram a nova proposta de renovação da Convenção Coletiva de Trabalho, apresentada nesta quinta-feira (22) pelo Tribunal Superior do Trabalho. Com isso, a greve será mantida nos aeroportos. A notícia foi anunciada pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), em uma live, na madrugada desta sexta-feira (23).
A proposta apresentada pelo TST prevê 100% INPC (5,97%) nos salários fixos e variáveis, mais 1% de aumento real, a incidir também nas diárias nacionais, piso salarial, seguro, multa por descumprimento da Convenção e vale alimentação. Para o teto de recebimento, reajuste de 100% do INPC (5,97%), menos 2,74%. Esses reajustes não incidem nas diárias internacionais. Está prevista ainda a renovação na íntegra das demais cláusulas sociais sem alterações.
A mobilização dos aeronautas começou nesta segunda-feira (19) e alcançou um feito inédito ao chegar ao seu quarto dia de greve. Reivindicando recomposição salarial, ganho real e melhores condições de trabalho, a classe se propôs a parar as atividades, das 6h às 8h, nos aeroportos de Confins, Congonhas, Guarulhos, Viracopos, Galeão, Santos Dumont, Porto Alegre, Brasília e Fortaleza.
As negociações entre os trabalhadores e o sindicato das empresas aéreas iniciou em outubro. Após encerrada as negociações diretas entre os sindicatos, no último fim de semana, o TST iniciou uma mediação entre as partes, mas a proposta foi rejeitada pelo SNA.
Ao menos 20 terminais do país já sofreram os impactos da paralisação. O terminal de Congonhas foi onde a adesão da tripulação foi maior e houve mais cancelamentos e atrasos. No Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, houve apenas um cancelamento de chegada nessa quarta-feira (21) e atrasos de dois a três voos por dia.
Ao longo da semana, passageiros têm relatado transtornos e prejuízos com a greve. Esta sexta-feira (23), será o quinto dia de paralisação.
*O Tempo