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Oposição denuncia o que pode ter sido massacre mais sangrento na Síria

 

Mais de 200 pessoas foram mortas ontem (12) no vilarejo de Tremseh, na província síria de Hama, de acordo com informações da oposição síria. Se confirmado o número de mortes, esse seria o pior massacre do conflito sírio. Até agora, o episódio com o maior número de vítimas ocorreu em maio, quando 108 pessoas morreram em um ataque contra o vilarejo de Houla.

As denúncias ainda não puderam ser verificadas por veículos de imprensa ocidentais mas, de acordo com o correspondente da BBC em Beirute, Jim Muir, os dois lados do conflito sírio falam em um número alto de mortos em Tremseh, embora tenham versões totalmente diferentes sobre o que aconteceu.

Segundo opositores, sobreviventes relataram que o vilarejo foi alvo de ataques de helicópteros do Exército e tanques de guerra. Membros das Shabiha, milícias contratadas pelo presidente Bashar Al Assad, também teriam entrado em Tremseh abrindo fogo contra a população.

O Conselho da Liderança Revolucionária, um dos principais grupos de oposição na Síria, informou que a maior parte dos mortos em Tremseh era civis e que as tropas do governo estariam tentando retomar o controle do local dos rebeldes.

Já a imprensa oficial síria diz que o massacre foi organizado por grupos rebeldes para provocar uma escalada de tensões às vésperas de uma reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a Síria.

De acordo com estimativas da oposição, mais de 16 mil pessoas já morreram no país desde o início dos confrontos entre tropas do regime e os rebeldes, que pedem a renúncia de Assad. A ONU fala em mais de 10 mil mortos no país, desde o início do conflito, há 16 meses. (AB)

 

Por: Da Redação