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Obama declara ‘zona de desastre’ em Nova York e Nova Jersey por Sandy

 

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou zona de desastre nesta terça-feira nas regiões de Nova York e Nova Jersey por causa da passagem da tempestade Sandy . A medida permite que governos e comunidades locais solicitem com urgência recursos do governo federal para enfrentar as consequências da tempestade, que deixou ao menos 16 mortos e mais de 6 milhões de pessoas sem eletricidade na costa leste.

De acordo com comunicado da Casa Branca, fundos federais estão disponíveis para os condados do Bronx, Kings, Nassau, Nova York, Richmond, Suffolk e Queens, todos na região de Nova York. Em Nova Jersey, a medida se refere aos condados de Atlantic, Cape May, Essex, Hudson, Middlesex, Monmouth, Ocean e Union.

A assistência inclui abrigo temporário, ajuda para reparar casas, empréstimos de baixo custo para perdas de propriedade, entre outros programas para ajudar indivíduos e donos de empresas a se recuperar do desastre.

A supertempestade Sandy chegou aos Estados Unidos na noite de segunda-feira com ventos de 130 km/h, tocando o solo em Nova Jersey, causando inundações e cortes de energia na região de Nova York.

Sandy perdeu o status de furacão pouco antes de tocar a terra, mas a distinção é meramente técnica, definida com base na forma e na temperatura interna da tempestade. Os ventos com força de furacão se mantiveram e autoridades mantiveram o alerta para as cerca de 50 milhões de pessoas que estavam em sua rota.

Os danos totais causados por Sandy na costa leste ainda não são claros. Fortes chuvas e inundações continuarão sendo ameaças nos próximos dias, conforme a tempestade se move em direção à Pensilvânia. À meia-noite, o centro da tempestade estava perto da Filadélfia e seus ventos estavam a 120 km/h.

A Bolsa de Nova York permanecerá fechada nesta terça-feira, na primeira vez em que o fechamento acontece por dois dias consecutivos desde 1888, quando uma nevasca atingiu a cidade. O nível do mar chegou a 4 metros em Manhattan, inundando o distrito financeiro e os túneis do metrô. Todo o sistema de transporte público de Nova York está fechado desde domingo.

Mais de 200 pacientes – incluindo 30 recém-nascidos que estavam na UTI – tiveram de ser transferidos do Hospital da Universidade de Tisch em Nova York após a energia cair e o gerador falhar. Os pacientes, muitos usando respiradores que funcionavam a bateria, foram levados a outros hospitais.

A usina nuclear mais antiga dos EUA, Oyster Creek, em Nova Jersey, entrou em estado de alerta por causa da tempestade. A instalação estava fechada desde 22 de outubro por causa de uma troca de combustível programada com antecendência, mas o aumento das águas na instalação, que fica perto da Baía de Barnegar, levou as autoridades a declarar “evento incomum” por volta das 19h de segunda-feira (horário local). Cerca de duas horas depois, a situação foi elevada para “alerta”, o segundo nível mais baixo no sistema de avisos, que tem quatro níveis.

Até agora, porém, não há nenhuma ameaça à saúde pública ou à segurança. A agência afirmou que a expectativa é que a água recue em questão de horas na usina, que foi inaugurada em 1969 e deve fechar em 2019.

Eleições

Na reta final da disputa eleitoral, a tempestade também alterou os planos das campanhas de Obama e Mitt Romney. O atual presidente cancelou um ato de campanha junto com o ex-presidente Bill Clinton em Ohio, e declarou estado de emergência em nove Estados, para que estes possam solicitar ajuda federal.

Obama também desistiu de um ato previsto para esta terça-feira em Wisconsin, outro Estado-chave na disputa. “Não estou preocupado com o impacto do furacão nas eleições. Estou preocupado com o impacto no povo”, disse Obama na Casa Branca.

Romney, por sua vez, cancelou comícios políticos na Virgínia e em New Hampshire. Em dois condados litorâneos da Carolina do Norte, Ocracoke e Dare, a Junta Eleitoral ordenou o fechamento de colégios eleitorais que recebiam a votação antecipada, e fará o mesmo nesta terça no condado de Pamlico. (IG)

Por: Da Redação