Há cerca de dois anos, quando esteve em Campo Grande para apoiar seu então candidato ao governo estadual, o ex-senador Delcídio do Amaral, o ex-presidente Lula (PT) não poupou elogios ao correlegionário, e era inimaginável que a relação entre ambos pudesse ‘descarrilar’ e chegar ao ponto de embates judiciais entre eles.
A defesa do ex-presidente ajuizou ontem, sexta-feira (11), uma ação de reparação de danos morais contra o ex-senador, cobrando R$ 1,5 milhão à título de indenização.
“Na qualidade de advogados de Luiz Inácio Lula da Silva protocolamos nesta data (11/11/2026) ação de reparação de danos morais contra o ex-senador Delcídio do Amaral por ele ter, em delação, mentido ao dizer que nosso cliente agiu para obstruir a justiça. Os cinco depoentes da audiência pública ocorrida em 8/11 na 10ª Vara Federal de Brasília foram unânimes ao reconhecer que Lula jamais tentou interferir, direta ou indiretamente, na delação premiada de Nestor Cerveró, ao contrário do que fora afirmado por Delcídio do Amaral”, revela nota assinada pelos advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska Texeira Zanin Martins.
Delcídio chegou a citar o ex-presidente em sua delação. Aos procuradores que integram a Força Tarefa da Operação Lava Jato, o ex-senador afirmou que Lula temia a prisão do pecuarista José Carlos Bumlai, e diante das revelações feitas por Cerveró e pelo lobista Fernando Baiano, teria solicitado a Delcídio que agisse para impedir a delação do ex-diretor da Petrobras.
Os advogados de Lula ainda fazem duras críticas à Revista IstoÉ, que estaria ‘antecipando de forma sensacionalista sua edição semanal, para promover uma nova denúncia frívola e sem prova contra o ex-Presidente’. (Midiamax)
Por: Da Redação