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Graça Foster renuncia à presidência da Petrobras

A Petrobras informou nesta quarta-feira (4), que a presidente da companhia, Graça Foster, e cinco diretores renunciaram a seus cargos.

O Conselho de Administração da empresa se reunirá na próxima sexta-feira (6) para eleger nova diretoria.

A Petrobras é alvo da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que investiga um esquema de corrupção na estatal. Graça Foster não é investigada, mas tem se desgastado com os fatos relatados nos depoimentos de ex-diretores à Justiça.

Segundo matéria do jornal O Dia veiculada na última terça-feira (3), entre os nomes cotados para substituir Graça Foster estão o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, o ex CEO da Vale, Roger Agnelli, e Rodolfo Landim, que trabalhou com Eike Batista na OGX (hoje Eike é um de seus maiores desafetos).

Balanço não auditado

Na semana passada, a Petrobras divulgou o balanço não auditado do terceiro trimestre. O principal destaque negativo veio das incertezas em relação ao critérios que deveriam ser empregados nas revisões dos ativos (impaiment) impossibilitaram a divulgação do documento auditado. O documento informa que os ativos teriam sido superavaliado em cerca de R$ 88 bilhões. Essa declaração teria desagradado o Planalto. A executiva já teria colocado o cargo à disposição em duas outras ocasiões, mas a presidente Dilma Rousseff teria optado por segurá-la no cargo, já que não há indícios de envolvimento de Graça no esquema.

A Petrobras destacou que até chegou a aplicar duas metodologias distintas – uma considerando apenas os 3% de sobrepreço dos contratos, valor indicado como média de propina por operação pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa, e outra considerando o valor justo dos ativos que estão envoltos nos contratos investigados. Na primeira opção não teria encontrado respaldo do auditor, nem consenso do Conselho de Administração (na segunda alternativa). A companhia ainda comenta que esta buscando uma alternativa que permita que as revisões sejam efetuadas em conformidade e atendendo às exigências dos órgãos reguladores das bolsas de valores brasileira e norte-americana (CVM e SEC, respectivamente).

Segundo o balanço, o ebitda ajustado recuou 10,4% (R$ 11,7 bilhões) e o lucro líquido caiu 9,1% (somando R$ 3,1 bilhões), na comparação com o terceiro trimestre de 2013. Os números foram afetados ainda pelo prejuízo de R$ 2,7 bilhões da descontinuidade dos projetos das refinarias Premium I e Premium II. A companhia não deu previsão para a divulgação dos balanços auditados do terceiro trimestre e do ano de 2014, mas informou expectativa de produção média superior em 4,5% ao registrado em 2014, investimentos entre US$ 31 e US$ 33 bilhões de dólares, além de estimativa de geração operacional de caixa entre US$ 28 e US$ 32 bilhões. (AB)

 

Por: Da Redação

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