O pivô da briga entre jogadores de Santos e Peñarol ao final da partida de quarta-feira foi Eric Nico, de 18 anos, filho do delegado Osvaldo Nico, titular da Deatur (Delegacia especializada de atendimento ao turista) e conselheiro do Santos. Segundo o delegado, seu filho não pode ser responsabilizado pelo tumulto sozinho. “Não foi só ele que invadiu o campo”, justificou-se.
A partir daí, os uruguaios, se sentindo ofendidos, iniciaram a briga generalizada que acabou envolvendo jogadores dos dois times. “Ele errou, não devia ter entrado no campo, mas ele está sempre nos jogos dos Santos com uns amigos do clube, da diretoria”, disse Nico, delegado responsável pela prisão do zagueiro argentino Desábato por racismo contra Grafite, na Libertadores de 2005.
O delegado disse que o filho errou, mas que esta não foi a primeira que Eric esteve dentro do vestiário do Santos em um jogo importante. “Ele sempre está com o time, tem amigos, e quis entrar no campo para tirar fotos e pedir autógrafos dos jogadores. Ele estava no primeiro jogo no Uruguai também e passou muito nervoso lá”, disse o delegado, eximindo o jogador de culpa pela briga.
“Ele não começou a briga, ele parou na frente de um jogador e gritou ‘sou tri, sou tri’. Quem começou a briga foram os jogadores do Peñarol depois, que correram atrás dele depois e o agrediram”, disse Nico, famoso por participações em alguns programas policiais na televisão.
O delegado não pretende abrir um boletim de ocorrência contra os uruguaios mesmo considerando que eles iniciaram a briga em que seu filho acabou agredido. Ele recebeu alguns chutes quando caiu no chão. “Eu repudio o que ele fez, não devia ter entrado no campo, entendeu? Mas eu já o repreendi. Ele vai ficar em casa esses dias para se recuperar. Ele está muito abalado e não vai dar entrevistas. Dêem uma trégua para o menino”, disse Nico. Segundo ele, Eric cursa a faculdade de Design. (IG)
Por: Da Redação