Brasil

Em debate, Aécio adota tom suave para atacar Dilma sem ser agressivo

 

Aécio Neves (PSDB) manteve ataques a Dilma Rousseff (PT) no terceiro debate do segundo turno, promovido pela TV Record neste domingo (19). Mas, em linha com o abrandamento do tom por parte da adversária, mediu mais as palavras. No primeiro bloco, por exemplo, disse que a presidente busca “trazer informações que não correspondem efetivamente ao que aconteceu” – em vez acusá-la diretamente de mentir, como fez no encontro anterior, realizado pelo SBT na quinta-feira passada (16).

O tucano, que chegou a elogiar o governo Dilma dizendo que ele participou do aprimoramento da legislação para micros e pequenos empresários, também usou menos das ironias e abandonou o dedo em riste que marcou seu desempenho anterior. A postura mais contida foi mantida mesmo após Dilma chamá-lo de “pessimista”.

“(Dilma tem) problemas com os números”, disse Aécio, que no SBT havia tachado a presidente de incompetente.

As palavras e a expressão mais leve permitiram que Aécio atacasse Dilma e seu governo sem parecer tão agressivo, recorrendo novamente à seu arsenal predileto: as denúncias de corrupção na Petrobras e a alta da inflação.

“A senhora confia no tesoureiro do seu partido?”, perguntou Aécio, reiteradas vezes, referindo-se a João Vaccari Neto, citado pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa em depoimento sobre os pagamentos de propina a partidos políticos. “O deu errado (no controle da inflação)?”, questionou o tucano em outra oportunidade. (IG)

 

Por: Da Redação