O Congresso do Partido Comunista da China chegou ao ponto alto hoje (15) sem surpresas. O até agora vice-presidente do país, Xi Jinping, foi confirmado como chefe do partido e próximo presidente chinês.
Xi Jinping substituirá o atual líder, Hu Jintao, que deixará a chefia do partido neste ano e a Presidência da China em 2013 – e será encarregado de conduzir o país mais populoso e a segunda maior economia do mundo.
O político, de 59 anos, é visto como um “pequeno príncipe”, termo usado para descrever os funcionários de alto escalão do partido cujo êxito, ao menos em parte, é atribuído por muitos às suas conexões familiares. Xi Jinping é filho de um político que integrou nos anos 80 o Politburo, o segundo organismo na hierarquia de poder da China.
Até agora, além de ser vice-presidente, Xi integrava o Comitê Permanente do Partido Comunista da China e era membro do órgão do partido que controla o Exército, algo que os analistas viam como um sinal de que estava sendo preparado para comandar o partido.
Nascido em Pequim em 1953, Xi Jinping é filho de um veterano revolucionário, Xi Zhongxun, um dos fundadores do Partido Comunista. Antes da Revolução Cultural (1966-1976), Xi Zhongxun foi expulso de seu posto como vice-primeiro-ministro em 1962 e posteriormente preso. Ele foi libertado somente em 1975.
Xi Jinping foi enviado com 15 anos para trabalhar na remota cidade de Liangjiahe, onde passou sete anos, algo comum entre os “jovens intelectuais” na época. O futuro presidente declarou anos depois que trabalhar entre os camponeses foi uma “experiência-chave” em sua vida.
Xi estudou engenharia química em Pequim, na mesma universidade que formou o atual presidente, Hu Jintao, e outros líderes chineses. Após entrar no Partido Comunista, em 1974, ele foi secretário local da agremiação na província de Hebei antes de obter cargos de mais alto escalão em outras províncias.
Em 2007, ele foi nomeado chefe do partido em Xangai quando o líder anterior, Chen Liangyu, foi expulso após ser acusado de corrupção. Pouco depois, Xi foi promovido ao Comitê Permanente do Partido Comunista, do qual se tornaria vice-presidente em 2008.
Ele é considerado defensor da abertura econômica depois de ter trabalhado durante anos para atrair o investimento estrangeiro a Fujian e Zhejiang. Em 2005, quando era secretário do partido em Zhejiang, ele disse à imprensa que o “governo deveria ter um papel limitado” e que, quando há problemas que o governo não pode solucionar, a população deve ter poder de abordá-los. (AB)
Por: Da Redação