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Bruno fica sem faxina como punição por mandar carta à programa de TV

O goleiro Bruno Fernandes vai receber punição por não respeitar as regras de disciplina do Complexo Penitenciário Nelson Hungria, onde está preso acusado pelo homicídio da modelo Eliza Samudio. O detento enviou uma carta na quinta-feira (12) a um programa da TV Alterosa, de Minas Gerais, por meio do seu advogado Rui Pimenta. Segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), a correspondência deveria ter passado por avaliação de um departamento específico “para registro e conferência de teor”.

Bruno foi proibido de trabalhar na faxina da unidade prisional e ficará recolhido em sua cela, com exceção das duas horas de banho de sol a que tem direito todos os dias. Na próxima segunda-feira, ele será ouvido pela Comissão Disciplinar da unidade, que determinará por quanto tempo a punição será cumprida.

Preso há dois anos, o goleiro fez na quinta-feira (12) seu primeiro comunicado direto à imprensa. Em carta, o jogador declarou que é inocente e que seu “erro foi ter confiado em algumas pessoas”. O goleiro afirma que pretende cuidar do filho que teve com a modelo. “Bruninho tem sim um pai, sempre teve, e vou honrar esse compromisso perante a sociedade”, escreveu.

A carta foi enviada ao apresentador do programa TV Verdade, da TV Alterosa, de Minas Gerais. Bruno reafirma que não tem nenhuma relação com o desaparecimento da modelo. “Nunca desejei, ordenei ou determinei, a quem quer que seja, o desaparecimento de Eliza Samudio”.

No sábado (7), a revista Veja publicou outra carta em que o goleiro pediria a Luiz Henrique Romão, o Macarrão, que assumisse a culpa pelo sumiço de Eliza Samudio. Macarrão, um dos acusados pelo crime, também está preso. Na carta, que segundo a revista teve a grafia de Bruno comprovada por dois peritos, ele afirma ter consultado seus advogados e acreditar ser melhor usar o “plano B”. Segundo a publicação, este plano seria justamente Macarrão assumir toda a culpa pela morte de Eliza.

“Eu sinceramente nunca pediria isso para você, mas hoje não temos que pensar em nós somente. Temos uma grande responsabilidade que são nossas crianças”, acrescenta. “Você me disse que se precisasse você ficaria aqui e que para eu nunca te abandonar. Então, irmão, chegou a hora.”

A Seds informou que essa correspondência entre Bruno e Luiz Henrique Romão foi entregue a partir de outros presos, segundo depoimento do goleiro. Nenhuma punição foi adotada nesta caso. A unidade apurou o ocorrido e encaminhou ao Poder Judiciário, que deve decidir qual sansão será aplicada.

Entenda o caso

O ex-goleiro do Flamengo Bruno Fernandes é acusado de ter mandado matar em junho de 2010 Eliza Samudio, com quem teve um filho em uma relação extraconjugal. Para a polícia, o crime foi cometido porque o jogador não queria reconhecer a paternidade da criança. Bruno e outros quatro acusados irão a júri popular, ainda sem data marcada. Ele está preso na penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Contagem (MG), e diz ser inocente.

Eliza desapareceu no dia 4 de junho de 2010, quando deixou um hotel no Rio de Janeiro e foi ao sítio do atleta, em Esmeraldas (MG). Ela viajou com o filho, Bruno, então com quatro meses. O jogador, à época, não concordava em assumir a paternidade da criança. Segundo amigos da jovem, Eliza teria ido ao sítio em busca de acordo sobre o reconhecimento do filho. (IG)

 

Por: Da Redação

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