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Brasil sofre maior vexame de sua história e Mineirazo sepulta o Maracanazo

Schürrlle celebra o sexto gol alemão contra o Brasil

Esta geração de brasileiros não viu o Maracanazo. Mas presenciou o maior vexame da história da seleção brasileira. Não há outra definição para o passeio sofrido dentro decasa para a Alemanha nesta terça-feira, na semifinal da Copa do Mundo, no Mineirão, em Belo Horizonte: 7 a 1. Umas das maiores goleadas já sofridas pelo Brasil na história. Antes, havia tomado 7 a 2 da Itália, em 1919, 8 a 4 da Iugoslávia, em 1934, e 6 a 0 do Uruguai, em 1920.

E isso num Mundial jogado em casa. E no ano em que a seleção brasileira celebra 100 anos de existência. Nada poderá ser mais vergonhoso em outros 100.

Os registros históricos desse 8 de julho trarão para as gerações futuras a dimensão de que o que foi visto nos 30 minutos iniciais da partida foi algo que esteve longe de parecer um jogo entre as seleções que mais estiveram em Copas do Mundo.

A humilhação escancara uma preparação ruim, um time que foi montado em cima do seu maior craque e que na primeira vez em que não contou com ele num jogo importante nos últimos quatro anos sucumbiu à seleção que bateu o recorde de presenças em semifinais seguidas em Copas: 4.

O Brasil joga em clima de velório a disputa pelo terceiro lugar contra quem perder entre Argentina e Holanda, nesta quarta-feira, em São Paulo. A Alemanha fará a final e tentará seu quarto título mundial no domingo, no Maracanã.

O primeiro gol, numa falha de toda a defesa, veio aos 10 minutos. Thomas Muller marcou seu quinto gol no Mundial, décimo em Copas. A pane estava instalada. Aos 14, a torcida que se acostumou a gritar “Eu Acredito” nos jogos do Atlético-MG na campanha da Libertadores de 2013 adotou o mesmo canto. Talvez o sinal mais claro do tamanho do desespero diante de tanta superioridade alemã.

Neymar não estava lá para ser a saída para um momento de desespero. Estava Bernard, que de alegria nas pernas, como gosta de dizer Felipão, passou longe. O gol colocou o time em parafuso, e em 20 minutos o placar da humilhação já estava decretado. Klose, aos 23, superou Ronaldo como o maior artilheiro da história das Copas com 16 gols. Aos 24, foi a vez de Kroos aumentar. Um minuto depois, ele também fez o quarto e Khedira colocou a pá de cal aos 29. Apagão.

A partir dali, a Alemanha tirou o pé. Não se esforçou para ampliar o vexame do rival. Apenas duas seleções haviam ido para o vestiário com cinco gols sofridos na história do Mundiais: Zaire e Haiti, em 1974. Esta foi a maior derrota da história da seleção numa Copa do Mundo. Supera a da final de 1998, quando sofreu 3 a 0 para a França na final em Saint Denis. O Brasil, presente em todas 20 edições, sofreu menos de cinco gols na campanha inteira de 11 das Copas disputadas.

Felipão, atônito, não fez nada para mudar o cenário da tragédia. Trocou no intervalo apostando em não levar mais. No segundo tempo, a torcida que ficou no estádio (muitos brasileiros já haviam ido embora) elegeu Fred como o grande vilão. Vaiou-o no seu primeiro toque e quando foi substituído aos 25 minutos, por Willian. Neuer já havia feito defesas impressionantes para evitar o gol de honra do Brasil. Mas não havia honra a ser defendida.

O Brasil foi humilhado e a torcida reconheceu. Cantou olé, num misto de ironia e satisfação de ver a história diante de seus olhos, depois do sexto gol, marcado por Schürrle. Depois do sétimo, também de Schürrle, a torcida brasileira não encontrou meios para reverenciar os alemães. E aplaudiu de pé. Os torcedores alemães, concentrados num canto superior do Mineirão, cantavam e cantavam. “Rio de Janeiro, Rio de Janeiro!” Eles vão à final. Cantaram “Brasil, Brasil” também, em claro sinal de fair play.

O Brasill tentará curar as feridas longe do Maracanã, no Mané Garrincha. Nem o gol de Oscar, que ao menos não deixou o placar zerado para os brasileiros, foi suficiente para diminuir a vergonha. A maior da história da “Amarelinha”.

 

Por: Da Redação

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