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Bombeiros só retomam diálogo sobre reajuste salarial depois de anistia aos militares presos

O cabo Laércio da Rocha Soares Filho, um dos líderes do movimento dos bombeiros por melhores salários, disse que as negociações só vão começar depois que forem concedidas anistias criminal e administrativa a todos os 439 bombeiros que foram presos no último sábado (4) no quartel central de Charitas, em Niterói.

Os bombeiros vão coletar assinaturas de apoio para a proposta de emenda à Constituição (PEC) estadual apresentada por alguns deputados à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) propondo anistia à categoria. Eles pretendem começar a coleta já na passeata de agradecimento à população pelo apoio ao movimento, nesta manhã de domingo (12), em Copacabana.

“O foco das negociações será a anistia aos militares que foram soltos hoje, uma vez que os companheiros foram libertados por meio de um habeas corpus. O foco é anistia total, cancelamento ou arquivamento dos processos”, disse.

O cabo disse que a intenção dos bombeiros é deixar ainda hoje as escadarias da Alerj, onde estão acampados desde a prisão dos militares por policiais do Batalhão de Choque no quartel central da corporação, cerca de 12 horas após a invasão.

“O problema é que a desmobilização é complexa, uma vez que foi montada aqui uma estrutura muito grande, com comida, colchonetes, botijões de gás e água. Para carregar tudo isto nós precisamos de um caminhão e de um local para guardar os equipamentos. Mas devemos deixar o local ainda hoje”, informou. (AB)

 

Por: Da Redação

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