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Após viagem de Lula à China, Brasil recebe ministro russo nesta segunda

 

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, chega a Brasília nesta segunda-feira (17), e deve debater com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, a invasão russa contra os ucranianos e o comércio bilateral.

A viagem estava agendada há semanas e ocorre um dia após a chegada da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à China e aos Emirados Árabes Unidos. Essa é a primeira visita de Lavrov ao Brasil desde 2019 e vai ocorrer a portas fechadas, no Palácio do Itamaraty.

No final da viagem do presidente brasileiro à China e aos Emirados Árabes, neste sábado (15), o petista disse que os Estados Unidos precisam parar de “incentivar” o conflito bélico, em alusão ao financiamento realizado pelos norte-americanos. A fala tem gerado repercussão a respeito do tema.

Em entrevista à imprensa em Abu Dhabi, na madrugada deste domingo (16), o presidente disse que a construção da guerra foi mais fácil do que será a saída, e que a “decisão da guerra foi tomada por dois países“.

Lula ainda acrescentou que mantém a intenção da criação de um “G20” para buscar uma solução para a guerra, ou seja, um grupo de países que não têm envolvimento com o conflito. No início do ano, o presidente brasileiro havia dito que “quando um não quer, dois não brigam”, ainda que tenha apontado como um erro a invasão perpetrada pelos russos.

Lavrov, por sua vez, tem como missão a defesa do que a Rússia chama de operação especial, e não uma invasão a território estrangeiro. No final de março, como uma das cinco nações com poder de veto, a Rússia assumiu a presidência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

De acordo com o Itamaraty, os ministros vão debater a respeito do potencial da parceria estratégica brasileiro-russa e as perspectivas da cooperação em áreas de interesse comum, como comércio, ciência e tecnologia, meio ambiente, energia e defesa.

A Rússia é o principal fornecedor de fertilizantes para o Brasil. Em 2022, o comércio bilateral atingiu o recorde histórico de US$ 9,8 bilhões.

*CNN Brasil